Foi assassinado, no início da tarde de ontem, às margens da BR-135, em frente ao Posto Magnólia 2000, o ex-presidiário Gleydson Duarte Santos, mais conhecido como Bilú, de 38 anos. Ele era conhecido por arrombamentos e furtos a comércios daquela área. Segundo a Polícia Militar, Bilú foi alvejado com vários tiros nas costas, disparados por dois homens que passavam pelo local em um automóvel não identificado, de cor prata.
“A vítima estava do lado da pista onde fica o posto de combustíveis. Quando atravessou, segundo populares, foi surpreendida pelos atiradores, que abriram fogo sem dar chance de defesa, o que caracteriza a execução”, repassou em relatório a guarnição do 6º Batalhão, composta pelo sargento César e o cabo Azevedo, da Ronda da Comunidade no bairro Maracanã.
Depois de ser atingido com os tiros, Bilú ainda correu alguns metros e tombou debaixo de uma barraca de venda de peixes, ao lado da entrada principal do Residencial 2000, localidade próxima ao endereço da vítima, que residia na Rua do Maracujá, no Residencial Magnólia. No local do crime, testemunhas contaram que o crime teria sido uma vingança.
“Testemunhas informaram que o ex-presidiário teria ingerido bebida alcoólica, na noite anterior, em companhia de um dono de uma oficina mecânica da localidade, e de seu funcionário; e assim que se separou destes, Bilú teria arrombado e furtado uma quantia em dinheiro do estabelecimento. A vítima do suposto furto, portanto, teria se vingado”, acrescentou o PM.
Com a chegada da polícia ao local, três homens que passavam em carro foram abordados, detidos e conduzidos ao Plantão Policial da Vila Embratel. Na delegacia, porém, nenhum foi reconhecido como autor do crime, mas todos prestaram depoimento ao delegado Luís Henrique Tinoco.
Em depoimento, eles afirmaram que Bilú era um dos assaltantes mais conhecidos da área do Distrito Industrial de São Luís. “Essa história de que foi uma vítima dele que o matou eu não duvido, pois ali quase todo mundo já foi roubado por ele”, disse um dos homens em depoimento.
Antecedentes – Uma das últimas prisões de Gleydson Duarte Santos, divulgada na imprensa da capital, aconteceu no dia 3 de fevereiro de 2010, na mesma localidade onde foi morto. Na data, policiais do 12º Distrito Policial (Maracanã) o flagraram com uma pedra de crack e uma quantidade de maconha, situação que resultou no flagrante.
Quando preso, Bilú foi denunciado de praticar quase que diariamente roubos e furtos em empresas da área onde morava, e revender os produtos em postos de combustíveis e sucatas da localidade. O vício em crack e maconha, também conforme a polícia, levou o criminoso a ser preso por tráfico de drogas na cidade de Teresina, capital do do Piauí, onde cumpriu pena.
A morte de Gleydson Duarte Santos vai ser investigada a partir de hoje pela equipe de policiais do 12º DP, que deve recolher imagens do circuito de TV de estabelecimentos, e do posto de combustível, que possam ajudar a identificar o veículo os os atiradores. Enquanto isso, a perícia do Instituto de Criminalística (Icrim) terá 15 dias para concluir o laudo balístico.
*de O Estado
