Uma ação do Exército e da Polícia Civil resgatou, no fim da tarde de sábado (20), quatro pessoas que faziam parte da comitiva do Ministério da Saúde (MS) que havia sido feita refém na manhã do mesmo dia na aldeia Pé de Galinha, povoado Cateté, a cerca de 30 quilômetros do perímetro urbano do município maranhense de Barra do Corda. O procedimento militar foi realizado com auxílio de helicóptero do exército.
O grupo de cerca de 20 pessoas estava no local para entregar três viaturas da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a comunidade, quando aproximadamente 200 índios de outras aldeias bloquearam a entrada e saída do local, em atitude de protesto.
O secretário especial de Saúde Indígena, Antônio Alves, a secretária dele, o coordenador estadual de Saúde Indígena, Licínio Brites, e uma jornalista - que não teve o nome divulgado - foram liberados e já estão em um hotel.
Negociação - Segundo o delegado regional de Barra do Corda, Alexsandro Dias, os outros reféns dispensaram o resgate. "Eles eram lideranças indígenas e disseram que não havia necessidade, que poderiam negociar com os índios", afirmou. Ainda de acordo com ele, tudo ocorreu com tranquilidade. "A aeronave cedida pelo Exército estava no interior do estado para o combate ao desmatamento e foi cedido a pedido do Ministério da Saúde", contou o delegado Dias.
Segundo a secretaria de Assuntos Indígenas de Barra do Corda, a manifestação foi motivada pela recusa da comitiva de dialogar com os indígenas. Ainda de acordo com a secretaria, a comitiva estava se dirigindo à comunidade Colônia e não atendeu aos pedidos de índios de outras tribos para debater a questão da saúde.
