Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Manifestantes interditaram BR-135 por todo o dia de ontem

terça-feira, 9 de julho de 2013

Manifestantes interditaram BR-135 por todo o dia de ontem


Moradores da Vila Maranhão realizaram protesto durante todo o dia de ontem na BR-135. Desde as 5h os manifestantes ergueram barricadas e atearam fogo em galhos de árvores e pneus, fechando as duas vias da rodovia, além do acesso à comunidade Cajueiro - na zona rural de São Luís -, impedindo o tráfego de veículos. É a terceira vez que eles fecham a rodovia para chamar a atenção do poder público. Entre as reivindicações, estão melhorias na saúde pública, segurança, infraestrutura e transporte para a área. os manifestantes também interditaram a Estrada de Ferro Carajás até às 14h.

A principal demanda dos manifestantes diz respeito à segurança pública. Os moradores da Vila Maranhão disseram que são frequentemente coagidos por assaltantes. Semana passada, um ladrão ateou fogo no comércio de uma moradora. Eles alegam que, há mais ou menos um mês, foi marcada uma reunião com o secretário de Segurança, Aluísio Mendes, para que fosse resolvida a questão da segurança pública na vila. Contudo, a reunião não aconteceu e se tornou mais um motivo para a manifestação. "No dia marcado para a reunião com o secretário, ele não compareceu e quando cheguei em casa, tinham arrombado e levado tudo", disse Neusa Dias Castro, que mora no local há 20 anos.

Os manifestantes afirmaram, também, que desde 2010 tramita um projeto de implantação da 5ª Companhia da Polícia Militar na Vila Maranhão, que tem apoio de várias empresas instaladas no entorno do bairro. Segundo eles, após o projeto ter sido encaminhado à Secretaria de Segurança Pública (SSP), a única resposta que obtiveram foi que a solicitação estava sendo estudada."A priori, a gente quer que botem pelo menos um trailer da polícia, pois a violência está demais. Todas as empresas instaladas aqui estão se manifestando a favor da criação da 5ª Companhia, pois todo dia alguma delas é saqueada. A Vale se comprometeu em fazer a estrutura física, mas afirmou que a obra só seria realizada se a SSP garantisse que teria contingente", afirmou Jorge Mendes, que mora na Vila Maranhão há 41 anos.

Outra reivindicação dos manifestantes é sobre a precariedade da saúde pública na vila. Eles frisam que os postos de saúde não têm médicos, nem ambulância. "Nós somos esquecidos, não temos nada. Está na hora de fazermos uma audiência pública com os governantes para solucionarmos nossos problemas", assinalou Neusa Dias.