Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: O choro da sanfona sentida

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O choro da sanfona sentida


Vem amor, vem cantar
Pois meus olhos
Ficam querendo chorar
Deixe a mágoa pra depois
O amor é mais importante a dois.

Chora sanfona sentida
Em meu peito gemendo
Vai machucando
E o meu peito de amor vai morrendo

Quanto mais chora
Me entrego todinho ao amor
E teu gemido disfarça
Em m´alma essa dor

Talvez estas rimas traduzam os sentimento do povo brasileiro, especialmente do nordestino, no momento em que o mito se vai. O mito humilde, pacato e visceralmente talentoso. O homem que urbanizou o Forró, o sanfoneiro que só queria um xodó. 

Dominguinhos. Um nome artístico pouco pretensioso, para quem tem uma obra tão grandiosa. Tanto, que a mesma é a mais indicada para descrevê-lo.

Por tais motivos, chora a sanfona sentida, a eterna companheira.

O blog dedica o dia de hoje a obra e a história de José Domingos de Moraes. O gênio, que com a mansidão e a alegria do sertanejo, honrou o compromisso de tocar a obra de Luiz Gonzaga e foi muito adiante.