Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Greve dos bancários permanece sem negociação

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Greve dos bancários permanece sem negociação

A greve dos bancários chegou ao terceiro dia útil sem previsão de chegar ao fim. Nesta segunda-feira (23), o Sindicato dos Bancários realizou novo ato público, na Rua Grande. Ficou decidido que um quarto ato acontecerá, desta vez, em frente ao Banco da Amazônia, na Praça Dom Pedro II, no Centro Histórico. A concentração deve ocorrer a partir de 9h desta terça-feira (24). 

Esta já é a quarta ação promovida pela categoria desde o início da greve. Eles planejam no fim do dia, às 17h, se reunir novamente, na sede do SEEB-MA, na Rua do Sol, para avaliar a Campanha Salarial em todo o país e para discutir os próximos passos do movimento.

Até o momento nenhuma proposta ou agenda de negociações foi apresentada por parte dos banqueiros ou do Governo Federal. O sindicato também não manifestou nenhuma proposta, entretanto, a assessoria de comunicação do SEEB-MA informou que até o final da semana deve surgir uma proposta de negociação. 

No Maranhão, a greve se fortaleceu nesta segunda-feira com a adesão de mais bancários, principalmente no interior do Estado. Hoje (23), todas as agências públicas e privadas de Caxias e Açailândia foram fechadas. O mesmo ocorreu em outras cidades.

No Brasil, as paralisações atingiram 9.015 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal, um crescimento de 23,8% em relação à sexta-feira (20).

Os bancários cruzaram os braços desde quinta-feira (19). Os trabalhadores votaram pela paralisação depois que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) se recusou a atender as principais reivindicações da categoria relativas ao reajuste de 22%, contratação de mais bancários, combate ao assédio moral, saúde, segurança, dentre outras.

Outro fator que fez os trabalhadores radicalizarem o movimento foi o reajuste de 6,1%. O índice é considerado muito baixo pela categoria diante do lucro do setor, que se aproximou dos R$30 bilhões somente no primeiro semestre deste ano.