A vida de ex-bilionário não é fácil. Basta abrir o noticiário econômico, que se encontra uma notícia negativa sobre Eike Batista.
Tempos atrás, por meio da imprensa, seu império foi exaltado e credibilizado, o tornando um referencial de exemplo para qualquer empresário.
Os mesmos holofotes que o tornaram maravilhoso, desmistificaram o mito. Eike despencou. Em ações, em estima, e na confiança de seus investidores.
Dentre as aquisições de Eike que afundaram, algumas estão aqui no Maranhão. A MPX desistiu da exploração de petróleo, colocando suas plataforma de exploração à leilão, como diz neste trecho da matéria que postamos no dia 28 de agosto:
A lista de devoluções incluiu quatro blocos na Bacia do Parnaíba (Maranhão), com participações negociadas com a MPX em maio. Naquela ocasião, a petroleira acertou a venda de fatia de 50% para empresa de geração de energia nos blocos. A OGX informou que o acordo com a MPX era condicionado à assinatura do contrato de concessão e que, portanto, o negócio está desfeito.
A OGX não quis arriscar.
O braço energético do grupo de Eike é a MPX, proprietária da usina termelétrica UTE-Parnaíba, localizada na cidade maranhense de Santo Antônio dos Lopes.
Empresários da região denunciam que o grupo do ex-bilionário estaria dando um "calote" no pagamento do aluguel de máquinas feito para prestação de serviços na usina.
Segundo a denúncia assinada pelas empresas Revest Car, Madisbel e MMP Marinho, a prática se dá da seguinte forma: a MPX usa empresas paulistas para contratar serviços de empreiteiras locais. Quando as obras estão prestes a serem finalizadas, outra empresa é contratada para terminar a obra. E, aquela que iniciou as prestações de serviço, fica sem pagamento.
Neste caso, a que está em falta com o pagamento, é a empresa DESGA Ambiental.
Os empresários afirmam que a prática é recorrente, e a mesma artimanha foi aplicada na construção do agoduto de Pedreiras, que leva água do Rio Mearim para a usina termelétrica.
A MPX, em acordo firmado pelo diretor André Castro, reconheceu as dívidas. Mas até agora, nada de pagamento.
A dívida, afirmam os empresários, já passa de meio de milhão de reais.
Confira a ata de reunião das três empresas maranhenses, com a contabilidade do que a MPX está devendo.