Depois de cinco meses seguidos de recuos, o emprego na indústria brasileira teve leve crescimento de 0,1% em outubro, na comparação com o mês anterior, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, de janeiro a outubro, e, em 12 meses, o total do pessoal ocupado na indústria registrou baixa de 1%.
Em relação a outubro de 2012, o indicador mostrou queda de 1,7%, o 25º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação. Esse é o resultado mais intenso desde setembro de 2012 (-1,9%). Nessa base de comparação, o emprego industrial recuou em 12 dos 14 locais pesquisados, com o principal impacto negativo partindo da Região Nordeste (-5,1%), de São Paulo (-1,7%), da Bahia (-6,3%), do Rio Grande do Sul (-1,8%) e de Pernambuco (-5,7%).
Na contramão, entre as indústrias que contrataram mais estão as da Região Norte e Centro-Oeste e Santa Catarina, ambos com avanço de 0,4%. Na análise setorial, o total do pessoal ocupado assalariado caiu em 13 dos 18 ramos pesquisados. As pressões negativas partiram de produtos de metal (-5,7%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,1%), entre outros.
Na contramão, entre as contribuições positivas estão as contratações dos setores de borracha e plástico (2,9%) e de meios de transporte (1,2%).
No ano, a queda no emprego é generalizada: 11 dos 14 locais e em 11 dos 18 setores investigados. O principal impacto partiu da Região Nordeste, que mostrou recuo de 4,7%. Na sequência, estão os desempenhos do Rio Grande do Sul (-2,2%), de São Paulo (-0,6%), de Pernambuco (-7,1%) e da Bahia (-5,7%). Por outro lado, o emprego na indústria de Santa Catarina cresceu e exerceu a pressão positiva no ano.
Nesse período, mostraram quedas as indústrias de calçados e couro (-5,3%), outros produtos da indústria de transformação (-4,0%), vestuário (-2,9%), produtos têxteis (-3,8%) e máquinas e equipamentos (-2,1%). Na outra ponta, entre as altas, estão as dos setores de alimentos e bebidas (1,3%) e de borracha e plástico (3,1%).
Em outubro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria cresceu 0,3% em relação ao mês anterior, após rregistrar cinco taxas negativas seguidas.
Na comparação com outubro de 2012, o número de horas pagas recuou 2,0%, a quinta taxa negativa seguida nesse tipo de comparação e a mais intensa desde fevereiro (-2,3%). No ano e em 12 meses, o total do número de horas pagas recuou 1,1%.
Já o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou. A queda foi de 0,8% frente ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento mostrou crescimento de 1,2% em outubro de 2013, segundo resultado positivo consecutivo, mas em ritmo menos intenso que o observado no mês anterior (2,5%). No ano, o indicador registra alta de 2,3% e, em 12 meses, de 3,7%.