Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Bando de loucos

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Bando de loucos

Jovane Nunes
Correio Braziliense


Há pouco tempo, a torcida do Corinthians passou a se chamar de "bando de loucos". O apelido não é dos mais apropriados, mas tudo bem. Talvez a ideia inicial é que são um bando de loucos apaixonados pela equipe do Parque São Jorge, desses que fazem tudo por amor. Depois de sucessivas brigas e mortes entre torcedores, o romantismo deu lugar ao grotesco e o "bando de loucos" tomou o sentido de "bando de marginais". Não é toda a gigantesca torcida do Timão, é claro. São só os loucos mesmo. Pena que, no fim das contas, o todo sempre leva a culpa pela parte.

Semana passada, 100 torcedores, mais ou menos, invadiram o treinamento corintiano para bagunçar o trabalho de Mano Menezes, beber os energéticos que ficam à beira do campo e bater ou matar os jogadores. Foi um rolezinho desses de fechar o comércio. O Pato ficou com medo de ser cozido no tucupi. Guerrero começou a chorar quando foi imobilizado por uma gravata. Sheik, tão valente em campo, parecia um eunuco acanhado. Acompanhando a moda que tomou conta do Brasil, os torcedores ameaçavam botar fogo no ônibus do Corinthians. Já nesta semana, depois de perder para a Ponte Preta, o jeito que a diretoria encontrou foi contratar uma tropa de jagunços para defender o patrimônio do clube.

Em vez de ficar preocupado com bobagens como inflação e crescimento do PIB, o governo brasileiro deveria fazer algo para proteger o Corinthians. Não basta só construir um estádio para o Timão. É preciso colocar o Exército nas boates, nos pagodes e nos bares para proteger personalidades como Romarinho, Sheik e Pato. Eles estão desamparados. Sabemos que o governo pode e gosta de ajudar o Timão e, por isso, deve agir. Outra coisa que a presidente Dilma deve fazer com urgência é devolver para a Bolívia o corintiano que ajudou a matar Kevin Espada no jogo de Oruro. Podemos devolvê-lo ou mandá-lo para o presídio de Pedrinhas, no Maranhão, tanto faz. Esse corintiano, depois que chegou ao Brasil, já aprontou várias. Ele esteve envolvido na briga de torcidas no Estádio Mané Garrincha, ajudou na reestruturação das empresas de Eike Batista, convenceu Aline a envenenar o César e, finalmente, participou da invasão ao CT do Corinthians. O Brasil não pode conviver com esse sujeito. Precisamos prendê-lo antes que ele se lance candidato à Câmara dos Deputados. Cadê a Comissão da Verdade? Cadê a ministra do Direitos Humanos, Maria do Rosário?

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