Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Família irá contar a Juliane sobre a morte da filha Ana Clara

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Família irá contar a Juliane sobre a morte da filha Ana Clara

Após um mês, família decide contar a mãe da menina Ana Clara, Juliane Carvalho sobre a morte da filha, que teve mais de 95% do corpo queimado dentro do ônibus, durante ataque de facções criminosas, no inicio do ano.

Segundo Jorgiana Carvalho, irmã de Juliane disse que, a família decidiu contar, porque todos os dias ela pergunta pela filha e não sabem mais o que dizer: “Não conseguimos mais esconder, todos os dias Juliane pergunta por Ana Clara e só falamos que ela está em estado grave, e após contarmos, ela chora muito, e não queremos que ela entre em estado depressivo” contou Jorgiana Carvalho.

As passagens de Jorgiana Carvalho já estão compradas, para a próxima segunda-feira. Jorgiana ainda disse que, preferem contar lá em Brasília, devido o Hospital em que a irmã está internada, ter uma maior preparação para acompanharem a paciente.

UM MÊS

Hoje, acontece a missa de um mês da morte da menina Ana Clara, após ataques a ônibus no inicio do ano, a celebração será realizada na Igreja Nossa Senhora da Conceição, no bairro do Anil, em São Luís.

A menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, teve mais de 95% do corpo queimado dentro do ônibus durante ataque por facções criminosas no dia, 3, de janeiro. Após o ataque, Ana Clara foi internada no Socorrão II e depois transferida para o Hospital Juvêncio Matos, mas não resistiu e veio a óbito, no dia 6 de janeiro.

A mãe de Ana Clara Juliane Carvalho Santos e a irmã Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, também foram atacadas no ônibus quando passava pelo bairro da Vila Sarney, em que os criminosos atearam fogo com passageiros dentro do veículo.

Lorrane Beatriz teve 20% do corpo queimado e teve alta após onze dias internada, no Hospital Juvêncio Matos, em São Luís. Já a mãe de Ana Clara continua internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), no Distrito Federal, em Brasília, após ter mais de 90% do corpo queimado.

Segundo Jorgiana Carvalho, irmã de Juliane, ela está bem melhor, e já conversa e se alimenta normalmente: “Graças a Deus, ela já se alimenta e conversa com a gente normalmente, isso é um bom sinal, mas ainda não sabe sobre a morte da filha” disse Jorgiana Carvalho. Já a outra vitima de ataques a ônibus, Márcio Roni, apresenta melhora clínica, mas não tem previsão de alta.

Márcio Roni, é considerado como o Herói, por tentar salvar a vida da menina Ana Clara, onde mesmo com o corpo em chamas, a abraçou para tentar salvá-la. Ele teve o corpo ferido em 72% e está internado no Hospital de Queimaduras de Goiânia.

A outra vitima de ataques a ônibus, Abiancy Silva, 35 anos, recebeu alta no dia, 19, de janeiro, onde estava internada no Hospital Geral Tarquínio Lopes Filho. Ela teve queimaduras de terceiro grau no braço direito e passou por uma cirurgia.

VISITA

A governadora Roseana Sarney fez visita surpresa a família da menina Ana Clara, na tarde de sábado (1º), na própria residência da família na Vila Sarney, em São José de Ribamar.

Após um mês a morte da menina Ana Clara, a governadora do estado fez visita surpresa aos familiares de Ana Clara, onde passaram uma boa parte da tarde, conversando com a governadora.

Na oportunidade, Roseana Sarney disse que, que estava triste com o ocorrido e que o governo não tem culpa do acontecido. Segundo Miguelina, tia de Ana Clara a governadora prometeu pagar um salário vitalício a Juliane Carvalho.

Sobre o salário, o deputado André Fufuca (PEN) também anunciou, que iria apresentar um projeto de lei/decreto que cria pensão vitalícia para Juliane Carvalho Santos.

Ao justificar sua proposta, André Fufuca disse que a pensão vitalícia não ameniza a dor da família pela perda da menina Ana Clara, mas é uma maneira de o Estado ajudar a família a arcar com as despesas para o tratamento de mãe e filha que também tiveram grande parte do corpo queimado.

OLHO

“Todos os dias Juliane pergunta por Ana Clara e só falamos que ela está em estado grave”, Jorgiana caravlho, irmã de Juliane

Com texto de Arleysson Rodrigo, de O Imparcial.

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