do G1 DF
Depois de um mês de tratamento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, recebeu alta nesta segunda-feira (10) a dona de casa Juliane Santos, de 22 anos, que teve 40% do corpo queimados durante ataque de criminosos a um ônibus em São Luís, no Maranhão, no dia 3 de janeiro.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a família de Juliane foi incumbida de relatar a ela sobre a morte da filha, Ana Clara, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimados no ataque.
“Foi difícil, mas Deus é bom e eu estou aqui, eu sou a prova de que Deus existe”, disse Juliane ao deixar o hospital, sem saber da morte da filha.
Juliane foi tratada no Distrito Federal a pedido da família, já que o Hran é considerado um hospital de referência no tratamento de queimados. Ela tem parentes na capital federal.
Segundo a Secretaria de Saúde, Juliane recebeu acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Ela terá de voltar algumas vezes ao hospital para trocar os curativos.
Juliane estava com as filhas Ana Clara e Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, em um dos ônibus atacados, na Vila Sarney, que foi incendiado por homens armados. Segundo familiares da mãe de Ana Clara, Juliane disse que não encontrou a filha de 6 anos no meio do fogo e só conseguiu descer com a outra filha, Lorrane, nos braços.
Por ter histórico de depressão, ela não foi informada na época do atentado sopbre a morte da filha, que foi sepultada no dia 7 de janeiro no cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar, em São Luís.
O crime contribuiu para a morte do bisavô paterno de Ana Clara, Dasico Rodrigues da Silva, de 81 anos. Ele teve um infarto e morreu dois dias depois dos ataques, após tomar conhecimento do estado de saúde da neta, que era crítico naquele momento.
Outras duas vítimas do ataque, a operadora de caixa Abiancy Silva dos Santos, de 35 anos, e a filha menor de Juliane, Lorrane, receberam alta médica dias depois do ataque. O entregador Márcio Ronny foi transferido no dia 8 de janeiro para o Centro de Referência de Queimados em Goiânia (HGG).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine! Mas seja coerente com suas próprias ideias.