Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: 2 mil casos de Parkinson registrados por ano em São Luís

segunda-feira, 14 de abril de 2014

2 mil casos de Parkinson registrados por ano em São Luís

De acordo com a Associação Maranhense de Parkinsonianos, 2 mil novos casos da doença de Parkinson são registrados por ano em São Luís. No mundo, a cada 100 mil pessoas, 20 possuem a enfermidade neurológica. Esses e outros dados foram repassados durante palestra, promovida na tarde de sábado (12), no Shopping Rio Anil, que marcou o Dia Mundial da Doença de Parkinson, lembrado na sexta-feira (11).

De acordo com o neurocirurgião e palestrante Roberto Guimarães, é importante que as pessoas acima dos 50 anos de idade procurem a orientação médica, caso se deparem com determinados sintomas, como tremor nos músculos do corpo - sendo mais visível nas mãos. "Nesses casos, algumas pessoas associam o tremor com um nervosismo momentâneo, que logo passará. E é aí que está o erro. Caso esse sintoma transpareça, é necessário procurar imediatamente a orientação médica e se submeter a um dos tratamentos dispostos, como clínico, medicamentoso e cirúrgico", disse.

Ainda segundo ele, a doença não se manifesta apenas em pessoas consideradas com idade superior aos 50 anos. "Em alguns casos, mais raros, a doença poderá se manifestar em pessoas mais novas, caso algum fator hereditário seja levado em consideração. No entanto, é bom frisar que, independentemente da idade, quando a pessoa descobre a tempo a doença, a pessoa poderá levar uma vida normal. Caso contrário, dependendo da debilidade causada pela enfermidade, o paciente poderá até mesmo morrer. Daí a importância de um dia instituído especialmente para se discutir a doença", afirmou.

Casos - O aposentado João Hildiberto Rabelo, de 77 anos, morador do bairro João de Deus, tem a doença de Parkinson há 20 anos. Ele contou que, apesar de ter algumas limitações nos movimentos corporais, leva uma vida normal. "Tenho que tomar apenas a medicação de três em três horas, todos os dias e seguir uma dieta, além de não abusar como, por exemplo, não posso mais dirigir um veículo e também não posso ter emoções fortes. Mas são limitações comuns de pessoas de certa idade e não necessariamente em virtude da doença. Posso dizer que, ao lado de minha esposa [Dilma de Pádua Rabelo], tenho uma vida tranquila e feliz", afirmou.

O fisioterapeuta Ricardo Martins Moreira, também presente às atividades alusivas à doença de Parkinson, explicou que são necessários cuidados, no trato com um paciente acometido com a enfermidade. "É preciso primeiramente, paciência. Em seguida, a ajuda da família é fundamental, para quem tem essa doença", disse.

A doença de Parkinson se desenvolve mais frequentemente depois dos 50 anos e é atualmente um dos distúrbios nervosos mais comuns nos idosos. Em alguns casos, a doença também atinge os jovens e afeta tanto homens quanto mulheres. Em alguns casos, o mal de Parkinson é hereditário. A doença se manifesta quando as células nervosas do cérebro são destruídas lentamente.

Com texto de O Estado.

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