Esta é uma máxima deselegante. Inconveniente, porém, verdadeira. A não ser que estejamos tratando de um estuprador - que, de maneira também abrupta, o senso comum da sociedade, incluindo os bandidos, diz não fazer falta - se faz presente no cotidiano.
No sábado deste final de semana, morreu o narrador esportivo Luciano do Valle. Profissional veterano na comunicação nacional, se estabeleceu em redes de televisão como a Band e a Globo. Em ambas as emissoras, houve comoção e depoimentos melosos sobre sua vida. Descrições com ares angelicais. Como diria o vídeo viral do Carro Velho, o rei do elogio, uma personalidade "inoxidável".
Esqueceram dos que esqueceram da morte dele. Como sempre. A imprensa quase sempre ignora todos os lados nefastos quando alguém se vai.
Adepto de práticas escusas de boa parte da imprensa esportiva do Brasil, Luciano morreu venerado por muitos daqueles que o tinham como desafeto. Isto, falando eu, que vivo milhares de quilômetros distantes dos bastidores e dos contextos que levaram a essa impressão.
Portanto, sem desrespeitar sua memória, relembremos um vídeo do desbocado Jorge Kajuru.
Minutos autossuficientes. A função mais proclamada do jornalismo é mostrar dois lados, certo? Cumprimos nossa função. Mesmo que morbidamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine! Mas seja coerente com suas próprias ideias.