Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Escrivã de polícia é assassinada dentro de delegacia em Caxias

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Escrivã de polícia é assassinada dentro de delegacia em Caxias

Anele de Paula
Da equipe de O Estado

Ninguém poderia imaginar que uma simples oitiva, quando um suspeito é chamado a delegacia para prestar esclarecimentos sobre algum fato, fosse terminar em tragédia no fim da manhã de ontem, dentro da Delegacia Especial da Mulher (DEM), bem ao lado do 4° Distrito Policial de Caxias. A escrivã de Polícia Civil, Loane Maranhão Silva, 33 anos, foi assassinada com dois golpes de faca, no tórax e na garganta, e a investigadora Marilene Santos Almeida, de 47 anos, tentou socorrer a colega de trabalho e acabou esfaqueada na barriga. O autor dos crimes foi o auxiliar de serviços gerais Francisco Alves da Costa, 43 anos, que já está preso.


Francisco Alves da Costa tinha sido chamado à delegacia para responder pela acusação de abusos sexuais que teria cometido contra suas próprias filhas, que na época da denúncia tinham 9 e 10 anos, respectivamente, e hoje estão com 16 e 17 anos. A Delegacia Especial da Mulher também investiga crimes contra a infância, principalmente os casos de abuso sexual

Francisco Alves não se conteve em apenas matar covardemente Loane Maranhão. Vendo a colega ser esfaqueada, a investigadora Marilene Santos Almeida entrou na sala e também foi atingida com um golpe na barriga. Ela foi socorrida e levada por uma ambulância do Serviço Atendimento Médico de Urgência (Samu) para o Hospital Geral Municipal (HGM) e está em observação.

A arma utilizada no crime foi abandonada no local. Francisco Alves Costa aproveitou a confusão gerada e fugiu, mas foi preso minutos depois, quando já estava na Avenida Senador Alexandre Costa, próximo a uma pizzaria, no Morro do Alecrim.

O crime, que aconteceu no horário de saída dos alunos de uma escola infantil vizinha às duas delegacias, causou tumulto no centro da cidade. A delegacia também fica ao lado da Prefeitura. Muitas pessoas procuravam entender o que estava acontecendo e isso facilitou a fuga do criminoso, que foi preso em uma área bem distante da cena do crime.

Segundo a polícia e ao contrário do que se especulou após o crime, Francisco Alves Costa não chegou ao local armado. A arma usada no crime, uma faca de cozinha, estava sobre uma mesa da investigadora Marilene Santos Almeida, com outras armas brancas que tinham sido apreendidas na cidade.

Como se tratava de uma sala reservada, onde funcionava o cartório da delegacia, Francisco Alves Costa aproveitou para pegar a faca e golpear a escrivã. Os seus gritos por socorro chamaram a atenção da colega de trabalho que correu para socorrê-la e acabou atingida pelo acusado.

O corpo de Loane Maranhão Silva foi autopsiado e em seguida liberado para seus familiares. Ela era piauiense e trabalhava há cinco anos na Polícia Civil do Maranhão, em Caxias. O sepultamento será hoje a tarde em Teresina, onde morava.

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