A equipe da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) apresentou ontem, em São Luís, o líder da quadrilha especializada em roubo a bancos e casas lotéricas, Jordano Pereira de Barros, o Cigano, de 39 anos, que foi preso durante uma operação conjunta das polícias Militar e Civil, na terça-feira (6), no povoado de Santa Tereza, em Mirinzal. No decorrer da ação policial, foram mortos em confronto os outros integrantes do bando, identificados como Milton Jorge Araújo Cardoso, o Neguinho; Rafael dos Santos da Silva e Pablo Dalton Silva Cantanhede, o Pablete. Segundo a polícia, uma das últimas ações criminosas realizada pelos quadrilheiros foi o assalto ao Banco do Brasil na cidade Mirinzal, ocorrido na segunda-feira (5). Durante a fuga, os bandidos fizeram duas funcionárias da agência reféns e ainda promoveram um tiroteio em via pública para aterrorizar os moradores dessa cidade.
Jordano Barros estava preso na delegacia de Pinheiro, mas foi removido para São Luís na manhã de ontem pelo Grupo Tático Aéreo (GTA). Antes de ele ser encaminhado para o Centro de Triagem de Pedrinhas, prestou esclarecimento sobre as ações do bando, principalmente os assaltos que vinham praticando no estado do Maranhão. Ele foi interrogado pelo chefe do Departamento de Combate a Roubos a Instituições Financeiras (Dcrif), da Seic, delegado Luis Jorge Santos.
O delegado informou que o assaltante tinha planejado vários assaltos a bancos e casas lotéricas tanto na capital como no interior do estado. Até o mês de abril, ele estava preso, no entanto, foi beneficiado com a saída de Páscoa e não retornou à Penitenciária de Pedrinhas. Após sair do presídio, Cigano e seus cúmplices tentaram assaltar o Banco do Brasil na Cidade Operária, fato ocorrido no dia 24 de abril. Ainda durante essa ação criminosa, o bando conseguiu levar dois revólveres calibre 38 dos vigilantes.
Já no dia 29, os quadrilheiros chegaram ao município de Mirinzal e sondaram a movimentação da localidade, principalmente, o policiamento. Na segunda-feira (5), eles assaltaram a instituição financeira do município.
A operação - A operação para prender os suspeitos do assalto foi composta pelos integrantes do Grupo de Operações Especiais de Pinheiro, do Grupo Tático Aéreo (GTA) e da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Segundo informações do delegado Luis Jorge Santos, primeiramente os policiais armaram uma barreira na saída da cidade, nas proximidades da área de matagal, onde estavam escondidos. Na manhã de terça-feira, fizeram uma revista a uma van, que estava indo para Pinheiro, e localizaram Jordano Barros. os policiais apreenderam com ele cerca de
R$ 300 mil e uma pistola 380 concom quatro munições. “Provavelmente, Cigano estaria se deslocando para uma cidade próxima para alugar algum veículo e retornar para resgatar os comparsas, no período da noite”, frisou o delegado.
Ele foi preso e levado para a delegacia de Mirinzal. Ao ser ouvido pela equipe, acabou revelando os possíveis locais onde estaria o restante da quadrilha. Na tarde de terça-feira, a equipe encontrou no matagal, no povoado de São José, na cidade de Central do Maranhão, os outros quadrilheiros e durante a troca de tiros eles foram atingidos. Com os três homens estavam dois malotes contendo R$ 75.192.95 e três revólveres calibre 38, entre estes dois que tinham sido roubados dos vigilantes do Banco do Brasil da Cidade Operária.
O delegado também informou que Pablo Dalton era foragido do Centro de Detenção Provisória de Pedrinhas desde o dia 30 de março; Milton Jorge possuía um mandado de prisão pelo crime de entorpecente, enquanto Rafael Santos tinha saído da cadeia no dia 7 de fevereiro deste ano.
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