Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Coluna Extragado

domingo, 17 de janeiro de 2016

Coluna Extragado

Por Danilo Quixaba


Com vinho, água com gás, mas sem cuspe
Uma adega conhecida. Pouco refinada, mas bem frequentada e localizada, lá na Avenida dos Holandeses. Tudo absolutamente caro. A maioria dos que vão, tem ciência do seu preço abusivo. Mas, para certas mentes, isso dá um “quê” de glamour e garbo. Reuniões, traições e chacoalhões acontecem por ali. E a embriaguez dos vinagres de cor-de-vinho (amargos mais que a vida) proporcionam chances de enganação que podem serem engolidas (ou degustadas) de maneira mais palatável. No local, dois empresários, um candidato a vice-nada e algumas senhoras. À mesa, também, um radialista. Vinho vai, vinho vem… todo mundo já alto, a conta é pedida. Pela notinha, os os garçons anunciam o consumo de 32 águas com gás. Sendo que, de garrafas de bebida mesmo, só foram consumidas umas 7. Para o azar do caixa do estabelecimento, a patota era de gente que venceu na vida saindo do garimpo. Um monte de piadas ditas, baixaram o preço da soma em mais de 100 reais, descontando uma renca de águas colocadas misteriosamente. Como diria Zé Ramalho, o “nada tem o gosto do nunca acaba”.

O isolamento fedido
Maria Medalha, a libertária da Avenida Beira-Mar. Foto: Danilo Quixaba








Maria Medalha Soares virou notícia. Passou a chutar o balde na vida e fez diferente: ao invés de morar debaixo da ponte, se alojou entre as duas maiores de São Luís: Bandeira Tribuzzi e José Sarney. Em sua barraca, na avenida Beira-Mar, em frente à praça Maria Aragão conversou com o Extra, com exclusividade “atrasada” por conta da periodicidade desta coluna. 
Coluna Extragado: Como a senhora faz necessidades por aqui?
Maria Medalha: Tudo no rio. É gostoso.
CE: Como veio parar aqui?
MM: Nasci em Valença, na Bahia. Fui demitida em São Paulo do emprego de assessorista de elevador e vim parar aqui. Sou eu sozinha nesse mundo. Nunca saio. Estou há seis meses nessa barraca, e uns trinta dias sem sair pra nada.
CE: E não tem nenhum macho pra atentar sua vida?
MM: Odeio gente e odeio conversar. Só serve pra atentar, não gosto não.

Guardem este nome
Thaynara Ognai. Não escreveu um livro. Não é atleta. Não tem programa na televisão, nem no rádio. Nem coluna no Jornal Extra. Nem sem formou ainda. Mas, mesmo morando em São Luís do Maranhão, possui uma fama segmentada já repercutida no Brasil. Hoje, ela não pode ir qualquer shopping sem ser assediada. Todos os dias, recebe presentes. Sua vida social se baseia no “prestígio” que conseguiu no Snapchat, aplicativo de vídeos instantâneos e temporários que é utilizado, sobretudo, por jovens, adolescentes e tarados. Das suas falas de matutice, veio o sucesso. Quando chamar atenção da grande mídia, esta nota cumprirá seu dever profético. O Maranhão e a sua mania de absurdos: cultuar o inexplicável.

Visita aleatória 
Nesta mesma semana, São Luís recebeu duas visitas importantíssimas para a mídia nacional: o ministro das comunicações André Figueiredo na quinta (15), e o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presdiência da República, o ex-tesoureiro de campanha do PT Edinho Silva, um dia depois. Das grandes autoridades, as mesmas conversas moles sobre migração e miserê. Nestas terras, de acordo com suas palavras, o AM vai acabar mesmo, nenhum concurso para a área será feito este ano… além das lamúrias e verborragias habituais. Porém, em meio a estas visitas, esteve aqui, o vice-presidente da Empresa Brasil de Comunicação Mário Maurici (aquela empresa EBC, tão mencionada neste espaço, responsável pela TV Brasil, Rádio Nacional, Voz do Brasil e derivados). Disse à Coluna Extragado um dado interessante. A TV Brasil, órgão mais caro do governo federal, não sabe a audiência que tem. Tem conhecimento pelo IBOPE de 1% de alcance nacional, mas não tem noção do programa mais assistido (isto, caso exista algum). Como um investimento de milhões mensais não tem ideia do retorno que dá? Perguntas. Eternamente sem respostas.

radioanarquia.com


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