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quinta-feira, 30 de março de 2017

PM é suspeito de dar apoio a criminosos em SL

Mais um profissional da área de segurança pública foi conduzido à sede da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc), no Bairro de Fátima, sob suspeita de fazer a manutenção de armas usadas por integrantes de facções criminosas que atuam na Ilha e, ao mesmo tempo, manter em casa um arsenal de forma irregular. Nessa quarta-feira (29), o suspeito conduzido foi um sargento da Polícia Militar, identificado como Francleyton Chaves Botelho, de 37 anos, com quem os agentes encontraram duas pistolas, um revólver calibre 38, duas espingardas calibre 12, além de mais de 600 munições de calibres diversos.

O delegado Carlos Alessandro de Assis, superintendente da Senarc, explicou que a polícia foi informada, por meio de denúncias anônimas, de que o militar teria recebido determinada quantia para fazer a manutenção de armas para integrantes de facção criminosa e traficantes de drogas.

A equipe começou a investigar e, na manhã de quarta-feira, deu cumprimento a um mandado de busca e apreensão na residência do sargento Botelho, na Rua 11, no Bairro de Fátima. Durante a revista, os policiais encontraram armas e munições.

Todo o material foi apreendido, e o sargento conduzido para a sede da Senarc, onde prestou esclarecimento ao delegado Luciano Barros. O delegado Carlos Alessandro de Assis informou, ainda, que a polícia tentava identificar a origem e o destino do material apreendido.

Até o começo da tarde, a perícia já havia detectado que duas das armas apreendidas não tinham registros, e o militar não estaria habilitado para ter esse tipo de armamento em sua casa.

Carlos Alessandro de Assis disse que o sargento Botelho foi autuado pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso de restrito e vai ficar preso à disposição da Justiça no presídio militar, no Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau. “O sargento negou o seu envolvimento com bandidos. Ele afirmou que o armamento e a munição são de sua propriedade”, declarou o delegado.

Icrim

Essa foi a segunda condução de um profissional da área de segurança por envolvimento com bandidos em um espaço de 10 dias. No último dia 22, a polícia descobriu que o perito criminalístico auxiliar do Instituto de Criminalista do Maranhão (Icrim), Sandro Luis Araújo de Sousa, de 56 anos, era um dos principais suspeitos de comercializar armas de grosso calibre e munições sob custódia do instituto com integrantes de facções criminosas que atuam na Ilha.

Sandro Sousa foi preso por uma equipe da Senarc no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, com o ex-presidiário e líder de bando, Jouberth Cabral Sampaio, o Joca, de 33 anos. Nessa incursão, foram apreendidos uma submetralhadora da marca Taurus, duas caixas de munições calibres ponto 40 e 357, quatro celulares, uma pistola, a quantia de R$ 10 mil e um veículo Etios azul-marinho, de placas PSM-6710.

O delegado Carlos Alessandro de Assis, superintendente da Senarc, disse que a polícia havia recebido, há cerca de 30 dias, uma informação da direção do Icrim denunciando o desaparecimento de armas e munições e que a suspeita era de que esse material estaria sendo comercializado com integrantes de grupos criminosos da Região Metropolitana de São Luís.

Durante a investigação, segundo o delegado, a polícia detectou que a suspeita recaía sobre Sandro Sousa, que exercia a função de perito balístico há mais de três décadas no Icrim. As armas eram vendidas por até R$ 10 mil.

Fonte: O Estado do Maranhão

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