Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Eleições 2018: no Maranhão, cinco opções representando a renovação no Legislativo

sábado, 21 de outubro de 2017

Eleições 2018: no Maranhão, cinco opções representando a renovação no Legislativo

A devassa na corrupção política brasileira, responsável por pôr no olho do furacão dezenas de figurões que, há anos, se apropriavam do dinheiro público para bancar caprichos, privilégios e outros regozijos imorais, injetou, no eleitor, uma dose de desconfiança que vem refletindo em todos os Estados do Brasil. No Maranhão, não tem sido diferente.

Há exatos 12 meses da próxima eleição, os maranhenses se mostram desacreditados de grande parte dos políticos em atividade hoje, no Estado, especialmente deputados estaduais e federais. Pesquisas que vêm sendo feitas, às alcovas, explicam o fato da alternância de posição entre os já eleitos que, para manter-se no poder, não mais continuarão na posição em que estão, ter-se tornado ponto de fuga para muitos deles. Como é o caso do deputado Eduardo Braide, que tentará, em 2018, a Câmara Federal, abandonando a cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema). Outros já plenamente desgastados correm contra o tempo na tentativa de reeleger-se numa dura competitividade que lhes é desfavorável pela atuação inexpressiva que tiveram no Legislativo maranhense. Em queda livre, retumbante, os deputados Cabo Campo, Zé Inácio e o pai do prefeito de São Luís, Jr., Edvaldo Holanda. Todos com amplas vantagens de serem expurgados das benesses daquela Casa em 2018.


O jovem Wendel Lajes representa novo momento político vivenciado pelos maranhenses no Estado; ele já é pré-candidato a uma vaga na Assembleia.

É dentro dessa ambiência incômoda a mais da metade do quadro de deputados da Assembleia e da Câmara, que os maranhenses começam a apontar novos rumos à conjuntura e onde surgem como alternativas ao desgaste dos atuais legisladores, nomes como o do  sindicalista Frazão Oliveira (pré-candidato a deputado federal pelo Movimento Sindical maranhense); Wendel Lajes (jovem empresário ligado a movimentos de juventude no interior do Estado); Márcio Honaiser (empresário com vocação no meio educacional maranhense); Marcial Lima (vereador de postura combativa voltada para  as causas comunitárias) e Ronald Abreu (ex-secretário de Comunicação de Paço do Lumiar com histórica atuação nos movimentos estudantis daquele município abandonado).


Pré-candidatura de Marcial Lima anima setores da sociedade; evento de lançamento poderá ocorrer em breve.

Os cinco têm em comum a verve do Social onde se encontra concentradas, nos dias atuais, as esperanças dos maranhenses de verem, a partir de janeiro de 2019, deputados, de fato, compromissados com o desenvolvimento do Maranhão. Puseram os nomes à disposição de um eleitor cansado de ser enganado por dois conhecidos tipos de políticos maranhenses. Os alpinistas e os patrimonialistas. Os primeiros almejam chegar aonde os segundos já estão, e os segundos, por sua vez, no jargão popular, não querem “deixar o osso”. Os maranhenses, sabiamente, já reconheceram os perfis pelos quais alimentam asco, ojeriza. Políticos patrimonialistas são, geralmente, centralizadores, arrogantes e se sentem donos de municípios e de cidades e do próprio voto do eleitor. Já os alpinistas, capazes de tudo pelo poder, são ausentes de ética, caráter e não confiáveis.


Rumo a Brasília – O sindicalista Frazão Oliveira deverá sair candidato à Câmara Federal pelo Movimento Sindical maranhense.

O contexto não pode ser generalizado, e a regra se aplica perfeitamente à realidade maranhense factual, existente. Três deputados estaduais, eleitos na última eleição, usam o cargo delegado pela população para beneficiar parentes, mantendo, assim, o padrão luxuoso da família. Estes mesmos três são aqueles que sequer usam a tribuna da Assembleia como lugar-cicerone para homenagens inúteis e estapafúrdias. Já, no mesmo coro, outros dois vivem a viajar para o exterior à custa do alto salário, emendas direcionadas e verba de gabinete mantenedora destes e outros voos. Em BSB, o sentimento de vergonha alheia dos maranhenses chegou à Câmara Federal desde quando a bancada de deputados do Estado se erigiu contra os trabalhadores votando quase que maciçamente contra os direitos adquiridos nas reformas polêmicas. Por lá, a atuação duvidosa, controversa e politiqueira de nomes como Hildo Rocha, André Fufuca e Júnior Marreca se tornaram dignas da repulsa estadual. Os deputados, no entanto, não creem serem eleitos pelo voto espontâneo. Ainda, à guisa das práticas oligárquicas, confiam na força do dinheiro, no voto de cabresto e no varejo eleitoreiro que, recentemente, voltou à moda em São José de Ribamar, terceira maior cidade do Maranhão, para continuar usufruindo das regalias do poder.


O ex-coordenador de Comunicação de Paço do Lumiar Ronald Abreu é a aposta do município para a Alema.

As eleições em 2018, ao que tudo indica, virão acompanhadas de certa estranheza, e o eleitorado que se quer consciente ainda não será, de todo, capaz de votar seguindo o novo momento político brasileiro em que as redes sociais em vez de proporcionarem esclarecimento, pulverizam ainda mais a opinião, criando um fenômeno andrógino de ódio ultrapartidarismo. As consequências são um eleitor que poderá incorrer no erro de votar nas mesmas personas pasteurizadas, justificadas, agora, pela guerra entre partidos e grupos políticos. No Maranhão, Estado onde os currais eleitorais seguem existindo e a todo vapor, os atuais deputados apostam na miséria, ingenuidade e corruptibilidade de pseudoslíderes políticos, representados, geralmente por prefeitos locais e secretários de prefeituras que usam a máquina pública para chantagear servidores obrigando-os a votar sem seus candidatos. Mas algo mudou.

Houve um avanço contra estas e outras práticas nos últimos três anos.

(Informações da Agência de Notícias Baluarte)

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