Há exatos 12 meses da próxima eleição, os maranhenses se mostram desacreditados de grande parte dos políticos em atividade hoje, no Estado, especialmente deputados estaduais e federais. Pesquisas que vêm sendo feitas, às alcovas, explicam o fato da alternância de posição entre os já eleitos que, para manter-se no poder, não mais continuarão na posição em que estão, ter-se tornado ponto de fuga para muitos deles. Como é o caso do deputado Eduardo Braide, que tentará, em 2018, a Câmara Federal, abandonando a cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema). Outros já plenamente desgastados correm contra o tempo na tentativa de reeleger-se numa dura competitividade que lhes é desfavorável pela atuação inexpressiva que tiveram no Legislativo maranhense. Em queda livre, retumbante, os deputados Cabo Campo, Zé Inácio e o pai do prefeito de São Luís, Jr., Edvaldo Holanda. Todos com amplas vantagens de serem expurgados das benesses daquela Casa em 2018.
O jovem Wendel Lajes representa novo momento político vivenciado pelos maranhenses no Estado; ele já é pré-candidato a uma vaga na Assembleia.
É dentro dessa ambiência incômoda a mais da metade do quadro de deputados da Assembleia e da Câmara, que os maranhenses começam a apontar novos rumos à conjuntura e onde surgem como alternativas ao desgaste dos atuais legisladores, nomes como o do sindicalista Frazão Oliveira (pré-candidato a deputado federal pelo Movimento Sindical maranhense); Wendel Lajes (jovem empresário ligado a movimentos de juventude no interior do Estado); Márcio Honaiser (empresário com vocação no meio educacional maranhense); Marcial Lima (vereador de postura combativa voltada para as causas comunitárias) e Ronald Abreu (ex-secretário de Comunicação de Paço do Lumiar com histórica atuação nos movimentos estudantis daquele município abandonado).
Pré-candidatura de Marcial Lima anima setores da sociedade; evento de lançamento poderá ocorrer em breve.
Os cinco têm em comum a verve do Social onde se encontra concentradas, nos dias atuais, as esperanças dos maranhenses de verem, a partir de janeiro de 2019, deputados, de fato, compromissados com o desenvolvimento do Maranhão. Puseram os nomes à disposição de um eleitor cansado de ser enganado por dois conhecidos tipos de políticos maranhenses. Os alpinistas e os patrimonialistas. Os primeiros almejam chegar aonde os segundos já estão, e os segundos, por sua vez, no jargão popular, não querem “deixar o osso”. Os maranhenses, sabiamente, já reconheceram os perfis pelos quais alimentam asco, ojeriza. Políticos patrimonialistas são, geralmente, centralizadores, arrogantes e se sentem donos de municípios e de cidades e do próprio voto do eleitor. Já os alpinistas, capazes de tudo pelo poder, são ausentes de ética, caráter e não confiáveis.
Rumo a Brasília – O sindicalista Frazão Oliveira deverá sair candidato à Câmara Federal pelo Movimento Sindical maranhense.
O contexto não pode ser generalizado, e a regra se aplica perfeitamente à realidade maranhense factual, existente. Três deputados estaduais, eleitos na última eleição, usam o cargo delegado pela população para beneficiar parentes, mantendo, assim, o padrão luxuoso da família. Estes mesmos três são aqueles que sequer usam a tribuna da Assembleia como lugar-cicerone para homenagens inúteis e estapafúrdias. Já, no mesmo coro, outros dois vivem a viajar para o exterior à custa do alto salário, emendas direcionadas e verba de gabinete mantenedora destes e outros voos. Em BSB, o sentimento de vergonha alheia dos maranhenses chegou à Câmara Federal desde quando a bancada de deputados do Estado se erigiu contra os trabalhadores votando quase que maciçamente contra os direitos adquiridos nas reformas polêmicas. Por lá, a atuação duvidosa, controversa e politiqueira de nomes como Hildo Rocha, André Fufuca e Júnior Marreca se tornaram dignas da repulsa estadual. Os deputados, no entanto, não creem serem eleitos pelo voto espontâneo. Ainda, à guisa das práticas oligárquicas, confiam na força do dinheiro, no voto de cabresto e no varejo eleitoreiro que, recentemente, voltou à moda em São José de Ribamar, terceira maior cidade do Maranhão, para continuar usufruindo das regalias do poder.
O ex-coordenador de Comunicação de Paço do Lumiar Ronald Abreu é a aposta do município para a Alema.
As eleições em 2018, ao que tudo indica, virão acompanhadas de certa estranheza, e o eleitorado que se quer consciente ainda não será, de todo, capaz de votar seguindo o novo momento político brasileiro em que as redes sociais em vez de proporcionarem esclarecimento, pulverizam ainda mais a opinião, criando um fenômeno andrógino de ódio ultrapartidarismo. As consequências são um eleitor que poderá incorrer no erro de votar nas mesmas personas pasteurizadas, justificadas, agora, pela guerra entre partidos e grupos políticos. No Maranhão, Estado onde os currais eleitorais seguem existindo e a todo vapor, os atuais deputados apostam na miséria, ingenuidade e corruptibilidade de pseudoslíderes políticos, representados, geralmente por prefeitos locais e secretários de prefeituras que usam a máquina pública para chantagear servidores obrigando-os a votar sem seus candidatos. Mas algo mudou.
Houve um avanço contra estas e outras práticas nos últimos três anos.
(Informações da Agência de Notícias Baluarte)
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