De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no mês de setembro, foram registrados mais de 14 mil focos de incêndio no Maranhão. As queimadas já destruíram plantações e parte da vegetação nativa nas reservas. Cerca de 300 brigadistas estão espalhados nos municípios de Amarante, Barra do Corda e Grajaú.
Recursos
Acompanhado da presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Suely Araújo, e do chefe do Prevfogo, Gabriel Zacharias, o ministro sobrevoou as áreas atingidas. Em reunião com os brigadistas, Sarney Filho anunciou a destinação de recursos para reforçar o trabalho do Prevfogo nas unidades de conservação e em áreas indígenas.
Segundo ele, apesar do corte orçamentário sofrido pelo Ministério, foi possível garantir recursos para o Ibama, tanto para fiscalização como para o trabalho do Prevfogo. “Estamos usando recursos do Fundo Amazônia e, assim, foi possível aumentar as ações de comando e de controle, além de outras iniciativas de proteção das reservas”, afirmou, citando que dados preliminares do Imazon indicam que os índices de desmatamento diminuíram 21% no período entre 2016 e 2017.
Sarney Filho disse, ainda, que ficou impressionando com o número de queimadas entre a cidade de Imperatriz e a área de Porquinhos. “As mudanças climáticas estão causando secas prolongadas e os desmatamentos agravam o calor”, alertou.
Combate
Antes de viajar para a área indígena, o ministro esteve reunido com o comando central do Prevfogo, na cidade de Grajaú, de onde o combate ao fogo em três áreas indígenas está sendo monitorado. Brigadistas, especialistas do Prevfogo, inclusive com o apoio de indígenas, realizam o trabalho. A previsão é que as equipes permaneçam nas áreas até a chegada das chuvas.
O chefe de Comando de Operações no Estado, Kurtis François Teixeira Baeta, informou que em Porquinhos, 38 índios trabalham com as brigadas, 12 deles contratados e os demais como voluntários, e a ideia é engajar cada vez mais as comunidades na realização desse trabalho.
Embora os incêndios na reserva de Porquinho preocupem, o chefe da Operação no local, Josiah Villa Nova, afirmou que o uso de queimada controlada tem diminuído os incêndios, não somente no Maranhão, mas em outros Estados. A queima controlada de áreas de risco é feita ao longo do ano.
Os Canelas receberam o ministro com danças e fizeram pedidos. O cacique José Aroeira informou que eles querem que o governo os ajude a construir casas de alvenaria. “Os desmatamentos em torno da reserva dificultam a construção de casas típicas, além de interferir na caça e no clima. Além disso, não há mais palha suficiente para a construção e reforma de moradias”, destacou ele.
(Informações do MMA)
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