A falsa foto não mostra texto de qualquer reportagem, apenas o título, sugerindo que o conhecido sítio de notícias teria veiculado a informação. A imagem permitiu que os estelionatários mantivessem seus golpes pela internet e amealhassem outras vítimas, com propostas de elevadíssimo retorno financeiro resultante de investimentos irrisórios e histórias fantasiosas.
O comunicado oficial do gerente de Jornalismo da empresa que edita o sítio esclarece se trata na verdade de Fake News e que nenhuma reportagem com esse conteúdo foi realizada por seus profissionais.
Esta informação enviada à PF será anexada ao inquérito como prova, assim como a foto da falsa reportagem e áudios de diversos grupos de vítimas (investidores) em algumas redes sociais, nas quais os fraudadores disseminam a informação de que a PF estaria servindo a interesses outros que não à impessoal persecução penal, cometendo, em tese, crimes contra a União no bojo dos crimes de estelionato e contra o sistema financeiro investigados na Operação Ouro de Ofir.
Tais áudios têm como objetivo criar confusão nas vítimas para que não denunciem e busquem a responsabilização dos autores dos crimes e, em alguns casos, aportem mais recursos para enriquecimento dos criminosos, como restou provado pelas buscas e apreensões realizadas esta semana pela PF e Receita Federal. As pessoas que criaram os áudios e as que estão repassando para terceiros, com o objetivo de prejudicar as investigações, poderão ser responsabilizados criminalmente.
A Operação Ouro de Ofir
Permanecem presos três líderes da organização, que foram objeto de prisões temporárias (cinco dias, renováveis por mais cinco). Outro alvo da operação continua em local desconhecido e incerto, sendo considerado foragido da Justiça.
A investigação visa desarticular organização criminosa que atua na forma de uma verdadeira Instituição Financeira clandestina perpetrando golpes para manter e induzir pessoas a investir quantias em dinheiro, com o escopo de obter lucros financeiros exorbitantes.
Os integrantes do grupo alegam a existência de uma suposta mina de ouro, que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos. Existe, inclusive, a esdrúxula figura de contrato de doação mediante pagamento. Outra modalidade de engodo é a promessa de liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional (LTN).
Estima-se que milhares de indivíduos tenham sido induzidos a investir em um projeto, cujos contratos não possuem lastro ou objeto jurídico plausível (os nomes eram Operação SAP e Aumetal). Os investidores são induzidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000% (algo desproporcional e insustentável financeiramente). Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas.
(Informações da PF)
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