Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal combate fraudes em licitações em prefeituras no sul da Bahia

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Polícia Federal combate fraudes em licitações em prefeituras no sul da Bahia

A Polícia Federal iniciou, na manhã desta terça-feira (7), a Operação Fraternos, para desarticular organização criminosa criada por prefeitos (pertencentes à mesma família) responsáveis por fraudar licitações nas prefeituras de Eunápolis, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, todas no extremo sul da Bahia.

Cerca de 250 policiais federais, com apoio de 25 auditores da Controladoria-geral da União e de integrantes do Ministério Público Federal, cumprem, nos Estados da Bahia, São Paulo e Minas Gerais, 21 mandados de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 42 de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

As investigações apontam que as prefeituras envolvidas contratavam empresas relacionadas ao grupo familiar para fraudar licitações, simulando a competição entre elas. Após a contratação, parte do dinheiro repassado pelas prefeituras era desviado, utilizando-se de “contas de passagem” em nomes de terceiros para dificultar a identificação do destinatário final dos valores arrecadados, que, em regra, retornavam para integrantes da organização criminosa, inclusive por meio de repasses a empresa de um dos prefeitos investigados. Essas mesmas empresas também eram utilizadas para a lavagem do dinheiro ilicitamente desviado.

Em um dos casos investigados, foi observado que uma das empresas do esquema tinha como sócio um ex-funcionário de outra empresa do grupo criminoso, que teria investido R$ 500 mil na integralização do capital. Os policiais federais descobriram, no entanto, que a renda mensal do ex-funcionário era de apenas R$ 800 na época.

Os contratos fraudados somam, aproximadamente, R$ 200 milhões. Os policiais identificaram uma verdadeira “ciranda da propina”, na qual as empresas dos parentes revezavam as vitórias das licitações para camuflar o esquema e, em muitos casos, chegavam ao extremo de repassar a totalidade do valor contratado na mesma data do recebimento a outras empresas da família.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de capitais.

(Informações da PF)

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