A operação, iniciada a partir de um alerta da Receita Federal, reteve, até agora, 444 contêineres dos quais 20% já foram periciados. O material apreendido, até o momento, se colocado de forma linear, cobriria um percurso de 1.500km, o que equivaleria à distância entre Brasília e Belém, aproximadamente.
Os policiais federais e fiscais do Ibama identificaram fraudes nos Documentos de Origem Florestal (DOFs), que deveriam atestar a legalidade da extração e da origem da madeira. Dentre as irregularidades, foram encontrados DOFs cancelados ou falsificados, bem como diferenças substanciais entre o atestado nos documentos e o conteúdo dos contêineres, entre elas volumetria e descrição das espécies exploradas.
Os dois portos, onde se desenvolve a operação, são responsáveis pelo escoamento da quase totalidade da produção de madeira extraída na Amazônia Legal. As madeiras retidas por ilegalidade documental eram originárias de exploração nos Estados de Roraima, Rondônia e Amazonas e, em torno de 50% delas, teria como destino a Europa e os EUA.
As investigações, agora, visam a identificar as pessoas físicas e jurídicas envolvidas na extração ilegal, no transporte e na venda do que está sendo considerado pelas autoridades como uma das maiores apreensões mundiais de madeira beneficiada realizada em portos.
Os envolvidos responderão pelos crimes contra a flora previstos na Lei de Crimes Ambientais e receptação previsto no Código Penal podendo, inclusive, haver responsabilização penal da pessoa jurídica conforme disposto na legislação ambiental.
O nome da operação tem origem na cultura grega que relata a técnica utilizada por um filósofo para encontrar volumes de materiais a partir da imersão em um recipiente com água. Técnica que inspirou os peritos da Polícia Federal para realizar a medição do volume do material apreendido.
(Informações da PF)
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