Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Em São Luís, dois integrantes de facção criminosa são condenados pelo Tribunal do Júri

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Em São Luís, dois integrantes de facção criminosa são condenados pelo Tribunal do Júri

Foram julgados, na última quinta-feira (8), pela 4ª Vara do Tribunal do Júri, Edvaldo Gomes Rodrigues Júnior, conhecido por Edizinho, e Huxley Sodré Carvalho, conhecido por Spoca, ambos faziam parte da conhecida Gangue da Proab que agia no Anjo da Guarda, então ligada à facção criminosa Primeiro Comando do Maranhão (PCM).

O julgamento estendeu-se até as 23 horas, e os acusados foram condenados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e dissimulação) às penas de 28 e 30 anos, respectivamente.

A vítima foi Carlos Augusto Soares Barros, conhecido por Soraque, morto em sua própria casa na Rua Bom Sucesso, Anjo da Guarda, na madrugada de 3 de abril de 2014.

A vítima havia se mudado para a residência na tarde do dia 2 de abril, ou seja, menos de 12 horas antes de morrer e foi morto simplesmente porque os integrantes da Gangue da Proab, então liderados por Edizinho, descobriram que ela havia cumprido pena no setor ligado ao Bonde dos 40.

Após assassinarem barbaramente a vítima, os acusados e dois outros comparsas tentaram invadir a casa vizinha porque perceberam que seus moradores viram o crime e queriam eliminá-los para evitar testemunhas. Esses moradores mudaram-se do local por medo de serem mortos, mas foram testemunhas fundamentais para a condenação dos acusados.

Na defesa de Edizinho, atuou o advogado Ítalo Gustavo Leite e na defesa de Spoca, o defensor público Adriano Jorge Campos. Pelo Ministério Público, atuou o promotor de Justiça Samaroni de Sousa Maia.

Falso testemunho

Durante o julgamento, a testemunha de defesa de Edvaldo, Walbert Ferreira de Sousa, que é administrador de empresa e guarda-civil da cidade de Sorocaba (SP), prestou testemunho declarando que o acusado estava em São Paulo na data do crime, trabalhando em sua empresa. Submetido à quesitação por falso testemunho, ele foi preso em flagrante, após o Conselho de Sentença votar favorável ao pedido do Ministério Público.

As defesas de ambos os acusados recorreram em plenário da condenação. Eles já estavam presos e continuaram presos.

Em agosto de 2017, Edvaldo já havia sido condenado na 4ª Vara do Tribunal do Júri por tentativa de homicídio, constrangimento ilegal e roubo.

(Informações do MP-MA)

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