Policiais federais deram cumprimento a 15 mandados de busca e apreensão, em residências e empresas, nas cidades de São Paulo (9), Santos/SP (1), Paulínia/SP (1), Belo Horizonte (2) e Lamin/MG (2).
De acordo com a investigação, as empresas participantes do esquema simulavam a venda de mercadorias ao cliente do “serviço” de lavagem, que então pagava por produtos inexistentes via transferências bancárias ou boletos (para dar aparência de legalidade à aquisição). As quantias recebidas eram transferidas para diversas empresas de fachada, que remetiam os valores para o exterior ou faziam transferências para pessoas ligadas ao cliente inicial.
A investigação revelou, ainda, que empresa concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo, a maior cliente identificada, valeu-se dos serviços ilícitos dessa rede profissionalizada de lavagem de dinheiro, tendo simulado a aquisição de detergentes, sacos de lixo, uniformes etc., entre os anos de 2012 e 2017. Assim, foram repassados mais de R$ 120 milhões para terceiros ainda não identificados.
Uma das células do esquema criminoso remeteu, ilegalmente, parte dos valores para o exterior, em favor de funcionário público argentino e em conluio com operadores financeiros que vieram a ser presos posteriormente no âmbito da Operação Lava Jato. Além disso, o grupo adquiriu vários veículos de luxo, todos registrados em nome de interpostas pessoas (“laranjas”).
Com os mandados judiciais, busca-se a corroboração das provas dos crimes descobertos até o momento: lavagem de dinheiro (Art. 1º da Lei 9.613/98), evasão de divisas (Art. 22 da Lei 7.492/86), sonegação tributária (Art. 1º da Lei 8.137/90) e associação criminosa (Art. 288 do Código Penal), bem com o aprofundamento das investigações para a coleta de indícios de autoria em relação aos crimes de corrupção ativa e passiva (Arts. 317 e 333 do Código Penal).
(Informações da PF)
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