SET culpa Prefeitura de São Luís pelos problemas no Setor de Transportes do município e relata venda de matrículas em escolas

Em nota divulgada nesta quarta-feira (28), o Sindicato das Empresas de Transportes (SET) revela a situação que se encontra o sistema de transportes da capital maranhense.

Leia a nota na íntegr:a

“São Luís, 27 de março de 2018

Ao jornalista Marcial Lima,

A propósito de informação sobre licitação no sistema de transportes de São Luís, no programa Acorda Maranhão, na Rádio Mirante AM, a Assessoria de Imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís ( SET) esclarece:

- Que a Prefeitura de São Luís resolveu desmembrar a TARIFA PÚBLICA, que é aquela cobrada do usuário, e a TARIFA DE CONTRATO, cobrada pelas empresas a Prefeitura em função dos investimentos e custos que o Município definiu, como, por exemplo:  ar condicionado, que encarece o preço do ônibus novo em mais de 30 mil reais, e maior consumo de combustível, além da administração dos terminais.

- Portanto, o Município de São Luís pode fixar o preço que quiser nas passagens a serem cobradas dos usuários, mas terá de pagar a TARIFA de CONTRATO, conforme está fixado na licitação.

- As empresas precisam da TARIFA DE CONTRATO para manterem o equilíbrio operacional, pois caso contrário passam a operar no vermelho.

- Outro ponto é a eficiência administrativa que o Município vem deixando de lado. As gratuidades aumentam a cada dia. Fraudes na meia passagem - com vendas de matrículas para alunos que não frequentam as aulas - é altíssima, além do transporte irregular de passageiros, etc.

- O que poucas pessoas sabem é que não existe gratuidade e nem a meia, pois quem paga as passagens daqueles beneficiados são, na verdade,  os usuários do sistema que desembolsam a tarifa integral.

- O SET esclarece ainda que estudos realizados por uma empresa de   consultoria apontam que atualmente o valor da tarifa de remuneração seria acima de R$ 4,00. Entretanto, a Prefeitura prefere ignorar a justa remuneração e trata as empresas como permissionárias, como era antes da licitação. Ou seja, ignora tudo aquilo que consta no edital de licitação.   

 - A prefeitura insiste em descumprir o contrato de concessão, não dialoga em busca de soluções. Como consequência, as empresas estão impedidas financeiramente de manterem a qualidade dos serviços, refletindo em prejuízos para os usuários do sistema de transporte.

Mário Reis

Assessoria da Imprensa do SET”