A operação decorre de uma investigação, iniciada em 2017, sobre o crime de corrupção eleitoral e falsidade durante a eleição de 2016, em que um vereador, então candidato, oferecia empregos no novo Presídio de Vitória da Conquista (BA), que estava prestes a ser inaugurado, em troca de apoio na campanha e de votos. A investigação desvendou ainda que a organização criminosa instalada se utilizou da estrutura de outros órgãos públicos, como o Detran e a Zona Azul, para o mesmo fim, bem como omitiu receitas e falsificou recibos entregues na prestação de contas à Justiça Eleitoral. Os investigados se serviram de, pelo menos, duas empresas de fachada para emissão de notas frias, que eram utilizadas para a prestação das contas.
A Justiça Eleitoral determinou, ainda, o bloqueio de bens e valores de integrantes da organização criminosa na ordem de, aproximadamente, R$ 420 milhões, em razão do valor potencial do desvio. Além disso, dois dos mandados cumpridos na operação são em desfavor de empresários alvos na Operação Calicute, que representou a 37ª fase da Operação Lava Jato, que, em 2016, desvendou esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa em obras do Rio de Janeiro (RJ).
Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, corrupção ativa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica, patrocínio infiel e estelionato.
O nome da operação é uma alusão à obra de Nicolau Maquiavel, denominada “O Príncipe”, que trata das teorias políticas mais elaboradas pelo pensamento humano, servindo de guia para como se chegar e manter-se no poder. Os “condotieri” (mercenários), citados na obra, eram contratados pelos governantes da época com o intuito de obter conquistas territoriais na península itálica do século XVI, utilizando-se de força ilegítima e sem qualquer ética política, sob o argumento de que os fins justificam os meios.
(Informações da PF)
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