Aproximadamente, 35 policiais federais atuam na operação, que apura fatos referentes a dois inquéritos policiais, reunidos em setembro deste ano, por tratarem de fatos com o mesmo investigado. Ele havia sido condenado, na França, por adquirir propriedades com dinheiro público desviado de seu país de origem e investigado nos EUA, dentre outros crimes.
O primeiro inquérito policial foi instaurado em março de 2018, depois do envio de informações do Ministério Público Federal, no mês anterior, para que a PF iniciasse investigação para apurar o crime de lavagem de dinheiro em razão dos indícios de ocultação de propriedade relacionada à compra, em 2008, de um apartamento duplex localizado no Bairro dos Jardins, em São Paulo. O imóvel foi adquirido, na época, por R$ 15 milhões. As investigações apontam que o imóvel, adquirido por uma empresa com capital social de R$ 10 mil, pertenceria ao investigado.
O segundo inquérito policial foi instaurado no dia 20 de setembro deste ano, após a apreensão realizada em 14 de setembro pela Receita Federal, no Aeroporto de Viracopos, de US$ 1,4 milhão e R$ 60 mil em espécie, além de 20 relógios de pulso, avaliados por aquela instituição em torno de US$ 15 milhões. Os bens foram trazidos do exterior sem a declaração de bens e valores obrigatória.
Dessa forma, são apurados dois atos de lavagem de dinheiro, o primeiro relativo à aquisição, por meio de interposta pessoa, de um apartamento de luxo e o segundo relacionado à ocultação de movimentação de bens e valores ao entrar np Brasil.
A PF solicitou à Justiça Federal o sequestro do imóvel, dos bens e valores apreendidos no Aeroporto de Viracopos e de sete veículos de luxo - um deles avaliado em R$ 2 milhões.
As investigações prosseguem com a colheita de depoimentos, análise do material apreendido e pedido de cooperação jurídica internacional para esclarecer a participação de todos os envolvidos.
O crime de lavagem de dinheiro tem penas que variam de 3 a 10 anos de reclusão.
(Informações da PF)
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