Os contratos analisados, até o momento, envolvem o valor aproximado de R$ 80 milhões, estimando-se que, pelo menos, R$ 10 milhões tenham sido desviados dos cofres públicos.
Mais de 170 policiais federais, além de nove auditores da CGU e nove da RFB, participam da operação. Eles dão cumprimento a 42 mandados judiciais de busca e apreensão, a três mandados de prisão preventiva, além do sequestro de bens móveis e imóveis, inclusive veículos e imóveis de luxo, além de fazendas.
A finalidade dessas medidas é possibilitar o ressarcimento ao erário, que foi lesado em milhões de reais pela organização criminosa. As apreensões serão juntadas ao Inquérito Policial em andamento referente à Operação Sesmaria Alagoana. Ainda, alguns dos investigados foram afastados, cautelarmente, dos cargos públicos que ocupam por ordem judicial, bem como proibidos de se aproximarem das respectivas prefeituras e órgãos públicos.
O grupo é investigado por crimes de fraude à licitação (Lei nº 8.666/93), corrupção ativa e passiva (Arts. 317. e 333., do Código Penal), lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/98) e constituição de organização criminosa (Lei nº 12.850/13), cujas penas máximas somadas ultrapassam 50 anos de prisão.
Dentre as diversas condutas investigadas, que podem configurar os crimes mencionados, verifica-se a contratação direcionada de empresa para locação de veículos aos municípios sem possuir a necessária frota; emissão de notas fiscais relativas a abastecimentos não realizados; saques em espécie e na boca do caixa de contas das prefeituras, com posterior distribuição dos valores entre os integrantes da organização criminosa; aquisição de imóveis e veículos de luxo, sem declarar à Receita Federal, para ocultar a origem ilícita do dinheiro.
*Sesmaria é uma referência de prática adotada no Período Colonial em que o território foi dividido entre particulares para fins de exploração.
(Informações da PF)
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