As informações da Polícia Civil de Imperatriz dão conta de que a motivação da morte de Ivanildo Paiva foram promessas não cumpridas a José Rubem, como o pagamento de R$ 300 mil após a reeleição da chapa, além de Ivanildo não ter entregue o controle político da Secretaria de Educação do município a José Rubem. Esses acordos teriam sido feitos à época da campanha quando ambos buscavam a reeleição.
“Ele (José Rubem) não admite a participação no crime, mas a motivação é que, quando foram eleitos, eles fizeram um acordo que envolvia duas secretarias e não foi cumprido. De imediato até que o Ivanildo cumpriu, mas, no primeiro ano do primeiro mandato, ele substituiu o pessoal das duas secretarias. Na reeleição, houve promessa de vantagem em dinheiro de R$ 300 mil, dos quais só repassou R$ 100 mil, e prometeu a Secretaria de Educação, mas acabou não ‘dando’. Por fim, Ivanildo prometeu que se licenciaria do cargo por quatro meses para que José Rubem assumisse a prefeitura”, revelou o delegado.
Segundo o delegado Praxísteles, a situação ficou mais tensa ainda entre os dois quando José Rubem tentou articular uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Davinópolis, mas Ivanildo Paiva soube e conseguiu evitá-la.
“O Rubem, então, ficou afundado em dívidas, devendo banco e agiotas e começou a se desfazer das empresas dele. Vendeu posto de combustível, padaria e, por fim, estava vendendo a casa que ele morava. Aí, a única alternativa que ele encontrou, para assumir a prefeitura e refazer o patrimônio dele, foi assassinando o titular. Ele fez isso com a ajuda do Messias, que é um amigo dele e que tem interesses em comum, pois é empresário com interesse em prestar serviço para o município e trabalha com agiotagem. Então, eles contrataram as pessoas que participaram diretamente no crime”, concluiu o delegado.
Para o delegado, o crime está praticamente elucidado, com oito pessoas presas envolvidas de alguma forma no homicídio.
Prisões
José Rubem foi preso na manhã desta segunda-feira (31/12) e encaminhado, imediatamente, à Delegacia Regional de Imperatriz para prestar depoimento. Ele assumiu a prefeitura no dia 13 de novembro, em solenidade na Câmara Municipal.
No dia 11 de dezembro, a polícia prendeu: Francisco de Assis Bezerra Soares, conhecido como Tita, que é policial militar no Pará e foi preso em Dom Elizeu; José Denilton Guimarães, conhecido como Boca Rica, que é mecânico; Willame Nascimento da Silva, policial militar do Maranhão, lotado em Graja; e Jean Dearlen dos Santos, conhecido como Jean Listrado, que, segundo as investigações, é pistoleiro. Douglas da Silva Barbosa, de 22 anos, também está preso, suspeito de participação no crime.
No dia 22 de dezembro, Carlos Ramiro se apresentou na delegacia com um advogado e ficou preso por força de um mandado de prisão relacionado ao caso. No dia 27 de dezembro, o empresário Antônio José Messias foi preso.
(Informações do Portal G1 Maranhão)
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