A investigação teve início com a apreensão de um caminhão bitrem carregado de cigarros em Bom Jesus (SC), no dia 10/1/2018. Na ocasião, foram presas, em flagrante, oito pessoas, e a carga de cigarros foi avaliada pela Receita Federal em R$ 2,1 milhões.
Participam da operação 60 policiais federais e policiais rodoviários federais. Eles dão cumprimento a 14 mandados de busca e apreensão e a nove mandados de prisão preventiva nas cidades de Arroio Trinta (SC), Altônia (PR), Caxias do Sul (RS), Canoas (RS) e Taquara (RS).
Nos autos do inquérito policial que apura os fatos, foram identificados os principais integrantes de uma organização criminosa radicada no Rio Grande do Sul que, utilizando-se de entrepostos no Estado do Paraná, transportava, regularmente, cargas de cigarro contrabandeado ocultas em caminhões com grande capacidade de carga.
Constatou-se que o grupo agia transportando as cargas do Paraguai até entreposto (depósito) localizado no Estado do Paraná. A partir do depósito, as cargas eram carregadas em outros caminhões, adquiridos pelo grupo especialmente para o transporte, para distribuição no Rio Grande do Sul e litoral de Santa Catarina.
O grupo criminoso, em diversas ocasiões, fez uso de caminhão-baú contendo pintura e emblema do serviço Sedex da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, como forma de burlar a fiscalização – o caminhão-baú com inscrição Sedex foi apreendido em 26/10/2018, no município de Bituruna (PR), quando transportava 277.000 maços de cigarro contrabandeado.
Desde o início da operação, foram presas, em flagrante, 18 pessoas envolvidas com a organização, além de apreendidos 7 caminhões, os quais transportavam quase 2 milhões de maços de cigarros contrabandeados, mercadoria avaliada pela Receita Federal em, aproximadamente, R$ 10 milhões – somente em impostos sobre a importação e IPI teriam sido sonegados cerca de R$ 6,4 milhões.
Os envolvidos estão sujeitos a indiciamento pelos crimes de contrabando (Artigo 334-A do Código Penal) e organização criminosa (Artigo 2º da Lei 12.850/2013), cujas penas somadas podem chegar a 13 anos de prisão.
(Informações da PF)
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