Policiais federais deram cumprimento a 16 mandados de busca e apreensão domiciliares e 14 mandados judiciais de prisões cautelares (nove prisões preventivas e cinco prisões temporárias), expedidos pelo Juízo da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de São Paulo, mediante ação conjunta com o Ministério Público Federal, com a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo e com o Ibama-SP. As cidades onde foram realizadas as buscas são: Vinhedo, Aruja, Guarulhos, São Paulo, Guarujá, Januário, Santo André.
A ação policial
De acordo com as investigações, os traficantes de animais os vendiam com notas fiscais falsificadas ou sem emissão de documento fiscal. Eles também os ofereciam à venda em redes sociais e “sites” na “internet”, assim agindo em todo o território nacional. Essa conduta é caracterizada como tráfico interestadual (São Paulo, Goiânia, Mato Grosso, Minas Gerais e Pará).
Os animais eram mantidos em cativeiros e transportados em péssimas condições de higiene, configurando maus-tratos. Além disso, expunham a perigo a vida ou a saúde de outrem, mediante a venda de animais silvestres retirados da natureza de forma ilícita, assumindo o risco de promover a transmissão de zoonoses.
A investigação criminal constatou os seguintes ilícitos penais: caça de animais silvestres; venda de animais silvestres; crime ambiental de maus-tratos; crime de receptação qualificada ; crime de perigo para a vida ou saúde de outrem; crime de associação criminosa; crime de falsificação de documento público; crime de falsificação de selo ou sinal público; crime de falsidade ideológica; e crime de corrupção de menor.
*** Nome da operação: urutaus são aves exclusivamente noturnas e que utilizam bem a sua plumagem para se camuflar, confundindo-se com o ambiente, de modo a dificultar a sua localização pelos predadores. No caso da operação policial, os investigados praticam crimes ambientais de tráfico de animais silvestres em escala, malferindo a biodiversidade ambiental.
(Informações da PF)
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