O dolo eventual ocorre quando a pessoa, não querendo diretamente praticar a infração penal, não se abstém de agir e assume o risco de produzir o resultado que já havia sido previsto.
Assina a Denúncia o promotor de Agamenon Batista de Almeida Júnior.
O acidente
Victor Yan conduzia o automóvel Corolla, que causou o desastre. Além de Victor, havia, no carro, um grupo de cinco pessoas, indo da Avenida dos Holandeses, no Calhau, à Praia Grande.
Próximo à Casa da Mulher Brasileira, na Avenida Carlos Cunha, no Jaracaty, o denunciado perdeu o controle do veículo, que esbarrou no meio fio e acabou caindo no barranco, acertando a Rua 1.
Na rua, que passa exatamente embaixo do barranco, aproximadamente 40 pessoas estavam reunidas, na porta da casa de Domingos Lindoso, comemorando o aniversário de uma criança de um ano.
Três pessoas morreram instantaneamente no local: Carla Cunha Diniz, Henrique Martins Durans Neto e Maurício Andrei Soares (passageiro do Corolla). Posteriormente, outras duas pessoas (Tiana Naid Alves Correa e Ana Lourdes Silva Matos, que também era passageira do Corolla) morreram.
Das nove pessoas feridas, Pedrolina Pereira e Samir Lima (passageiro do Corolla) ainda estão no hospital.
Além dos danos físicos causados às pessoas, ocorreram também danos materiais a duas motocicletas e a um muro de uma residência. O dolo eventual ocorre quando o agente, mesmo sem efetivamente querer o resultado, assume o risco de produzi-lo.
Linchamento
O acidente foi presenciado por uma guarnição da Polícia Militar, que trafegava no local no momento.
Victor Yan teve leves ferimentos e foi levado pelos policiais, para evitar linchamento pelos moradores do local.
“Os policiais perceberam o estado de embriaguez altíssimo dele, sendo que informaram que o mesmo estava desorientado, tinha dificuldade de se manter em pé, exalava hálito etílico, e, muito embora tenha se negado a realizar qualquer teste de constatação alcóolica, tudo ficou registrado pelos policiais que efetuaram sua prisão”, relata o promotor de Justiça, na Denúncia.
No depoimento dele, o engenheiro exerceu o direito de ficar calado. Posteriormente, foi apurado que Victor Yan já havia se envolvido em outro acidente na direção de um carro, batendo em uma motocicleta com duas pessoas e tendo fugido.
A pena prevista pelo Código Penal (Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940) é reclusão, de seis a vinte anos.
(Informações do MP-MA)
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