Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal combate crimes contra Administração Pública em Rondônia

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Polícia Federal combate crimes contra Administração Pública em Rondônia

A Polícia Federal iniciou, nessa quarta-feira (30/10), a Operação Escravos de Jó e a Operação Ilicitação, visando dar cumprimento a dois mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas como a indisponibilidade de valores e bens dos investigados no valor de até R$ 13 milhões, a suspensão de atividades da natureza econômica de uma empresa, restrições de comunicação entre os investigados e a entrega do passaporte, todos expedidos pela Justiça Federal em Vilhena (RO).

Participaram das ações cerca de 70 policiais federais, que cumpriram as ordens judiciais nas cidades de Vilhena (RO), Porto Velho (RO), Brasília (DF), Ji-Paraná (RO) e São Miguel do Guaporé (RO).

A Operação Escravos de Jó, iniciada em 2015, tem como objetivo coibir crimes de corrupção no Estado de Rondônia, em razão de irregularidades que aconteceram na prestação de serviço de transporte escolar no âmbito da Prefeitura de Vilhena (RO), cujas contratações foram subsidiadas com recursos federais dos programas Pnae, Peja e Fundeb.

A investigação constatou o conluio entre as empresas e servidores públicos municipais nos anos de 2010 a 2016, no intuito de fraudar o caráter competitivo da licitação, superfaturar o contrato e realizar pagamento de propina.

Os investigados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, crimes licitatórios, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Já a Operação Ilicitação, iniciada em 2016, teve, como ponto de partida, o compartilhamento das informações bancárias colhidas no âmbito de inquérito policial de 2012, sendo constatado que certa empresa estaria sendo utilizada pelo ex-presidente da Comissão de Licitação da Prefeitura de Vilhena (RO) para movimentar bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crimes contra a Administração Pública.

Segundo as investigações, os integrantes da organização criminosa utilizaram suas contas bancárias pessoais e das empresas, período 2009-2015 até a presente data, para movimentar valores recebidos a título de vantagem indevida/propina de diversas empresas vencedoras de licitação oriunda de verba federal.  Nessa ação, foram cumpridas buscas no Tribunal de Contas de Rondônia, visto que um dos investigados é servidor desse órgão.

Os investigados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O termo “Escravos de Jó” é uma alusão ao jogo infantil, visto que as empresas investigadas repassavam entre si diversas quantias de dinheiro, numa espécie de toma lá, dá cá. Já o termo “Ilicitação”se refere às inúmeras licitações fraudadas na Prefeitura de Vilhena (RO), durante a gestão 2009/2016, com o pagamento de propina.

(Informações da PF)

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