Cerca de 60 policiais federais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Velho/RO (Distritos de Extrema e Vista Alegre do Abunã) e Candeias do Jamari (RO). Um mandado de prisão preventiva já havia sido cumprido em 23/10/19. Todas as ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara da Justiça Federal de Porto Velho (RO).
O trabalho de investigação teve início com a apreensão de R$ 4 mil escondidos nos pertences de servidores do Ibama que realizaram fiscalização na região, em agosto de 2016, e telefones celulares, o que possibilitou identificar a existência de grupos de aplicativos de mensagens criados na região para alertar a realização de fiscalização de órgãos ambientais, bem como para arrecadar e efetuar o pagamento de propina a diversos servidores, a fim de possibilitar a continuidade do esquema fraudulento de exploração ilegal de madeira na região.
Identificou-se a existência de dois grupos utilizados para viabilizar uma rede de proteção a madeireiros criminosos da região, com a arrecadação mensal de recursos que era repassado ao ex-chefe do escritório da Sedam em Extrema, além da contribuição eventual, de acordo com a existência ou não de operação de fiscalização na área, o qual seria rateado entre servidores dos órgãos de fiscalização que participavam do esquema criminoso.
Os indiciados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de associação criminosa (Artigo 2º, “caput” e §§ da Lei nº 12.850/2013), corrupção ativa e passiva (artigos 333 e 317 do Código Penal) e crimes ambientais (artigos 46, 50-A, 68 e 69 da lei 9605/98).
O termo Pudim é alusão ao nome utilizado pelos criminosos do valor arrecadado ilegalmente para pagamento de propina aos servidores públicos.
(Informações da PF)
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