A Polícia Federal iniciou nesta segunda-feira (17/5), nas cidades de Ponta Porã (MS) e Campo Grande (MS), a Operação Fênix, que investigou organização criminosa voltada para o tráfico internacional de entorpecentes e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, o grupo criminoso era responsável por internacionalizar o entorpecente conhecido como maconha, a partir da cidade de Pedro Juan Caballero (PY), cujos carregamentos tinham como destino inicial a cidade de Campo Grande (MS). A droga posteriormente era encaminhada para outros Estados do Brasil. Além disso, a organização criminosa realizava a lavagem dos valores obtidos ilicitamente com a venda do entorpecente, por meio do comércio e financiamento de veículos utilizando para empresas localizadas nessa capital.
No transcurso das investigações, foram realizadas 12 apreensões de carregamentos de entorpecentes, os quais totalizaram cerca de 21 toneladas de maconha, além de 18 integrantes da Orcrim presos, em flagrante delito, por tráfico de drogas. Ainda foi apreendida a quantia de mais de R$ 68 em espécie durante as abordagens.
Os mandados expedidos pela 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS) buscam confirmar a ligação entre os integrantes da organização criminosa, reforçar os indícios de lavagem de dinheiro, apreender bens de alto valor e individualizar a conduta de cada agente.
As medidas judiciais ainda atingem o sequestro e indisponibilidade de diversos bens móveis, imóveis e valores financeiros relacionados aos integrantes do grupo criminoso.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa (Art. 1º, § 1º, da Lei nº 12.850/13), tráfico internacional de entorpecentes (Art. 33. c/c 40, I, da lei 11.343/2006) e lavagem de dinheiro (Art. 1º da lei 9613/98).
O nome da operação faz referência ao significado de Fênix, ressurgimento das cinzas, haja vista que boa parte da organização criminosa foi investigada e presa, no ano de 2009, pela Polícia Federal na Operação Litoral pela prática dos mesmos crimes investigados.
Em razão da situação de pandemia da covid-19, foi planejada uma logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPIs a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus parentes.
(Informações da PF)
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