A Polícia Federal e a Receita Federal iniciaram, hoje (26/5), a Operação Harpócrates II com a finalidade de desarticular organização criminosa especializada na prática de condutas que configuram delitos como descaminho de produtos eletrônicos, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
O esquema criminoso investigado possui, resumidamente, a seguinte dinâmica: lojistas de Campo Grande (MS) se utilizam de doleiros para enviar dinheiro para fornecedores de mercadoria situados no Paraguai; em seguida, promovem a entrada de produtos eletrônicos no Brasil, sem, entretanto, realizar o pagamento do imposto devido; são utilizadas empresas de fachada para expedir notas fiscais para justificar a entrada das mercadorias; por fim, esses equipamentos são revendidos no mercado nacional.
A investigação iniciou-se em 21 de novembro de 2019 e, durante o seu curso, foram realizadas apreensões de mercadorias descaminhadas, bem como, investigada a situação patrimonial dos envolvidos.
Os trabalhos contam com a participação de, aproximadamente, 62 policiais federais e 10 servidores da Receita Federal. Na data de hoje, estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão, sendo 13 em Campo Grande (MS) e um em Chapadão do Sul (MS), além do sequestro de dois imóveis, três veículos e valores eventualmente existentes em contas bancárias de quatro investigados.
Destaca-se que, em razão da atual crise de saúde pública, foi adotada logística especial de prevenção do contágio com distribuição de EPIs a todos os envolvidos, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados.
* O nome da operação refere-se à forma silente e recôndita de atuar da organização criminosa, bem como à investigação homônima iniciada em dezembro de 2017, que teve como alvo parte da organização criminosa atualmente investigada.
(Informações da PF)
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