Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal investiga práticas ilegais de madeireiras que atuam em Buritis (RO), em especial, na Flona Bom Futuro, Unidade de Conservação Ambiental

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Polícia Federal investiga práticas ilegais de madeireiras que atuam em Buritis (RO), em especial, na Flona Bom Futuro, Unidade de Conservação Ambiental


 A Polícia Federal iniciou, nesta quinta-feira (24/6), a denominada Operação FlorestaA S/A II no intuito de desarticular diversas madeireiras irregulares que atuam na cidade de Buritis (RO), em especial, na Flona Bom Futuro, Unidade de Conservação Federal.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Buritis, Rolim de Moura, Vilhena, essas no Estado de Rondônia, e Santo Antônio do Matupi (AM). Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Rondônia. Também foi ordenado que houvesse o bloqueio de mais de R$ 47 milhões das contas dos investigados.

As investigações tiveram início em junho de 2020, após fiscalização realizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental do Estado de Rondônia (Sedam-RO) e pelo Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar do Estado de Rondônia. Ao verificar a quantidade de madeira nos pátios das empresas, em relação ao Sistema DOF, constataram-se diversas irregularidades.

Após meses de investigação, a Polícia Federal conseguiu identificar diversas fraudes relacionadas ao comércio virtual de créditos de madeira por meio do Sistema DOF, o que se fez concluir que as empresas esquentavam madeira incluindo créditos do Sistema DOF, para poderem vender madeiras retiradas ilegalmente de áreas de proteção.

As condutas investigadas configuram, em tese, os crimes de desmatamento em terras de domínio público (Art. 50-A da Lei 9.605/98), dificultar a fiscalização ambiental (Art. 69., da Lei 9.605/98) e falsidade ideológica (Art. 299., do Código Penal), cujas penas, somadas, podem chegar a 15 anos de prisão.

 O nome Floresta S/A II faz alusão ao comércio ligado à extração irregular de madeiras das unidades de proteção do Estado de Rondônia, uma verdadeira sociedade do crime ambiental. Essa é a segunda operação nesse sentido, sendo a primeira realizada na cidade de Alto Paraíso, no dia 27 de abril do corrente ano, com o mesmo objeto.

(Informações da PF) 


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