A Polícia Federal, na sexta-feira (18/6), fez o resgate de uma trabalhadora doméstica que sofria restrição de liberdade há mais de 20 anos, tendo iniciado a prestação de serviços ainda na adolescência, sem recebimento regular de salário, executando jornada de trabalho de segunda a segunda. Por vezes, levada em viagens com a família dos patrões, para que continuasse a trabalhar durante o lazer dos empregadores.
As investigações apontaram que a empregada foi afastada do convívio social por mais de duas décadas, tendo seus documentos retidos e vivendo sob pressão psicológica de sua patroa.
O trabalho teve origem em informação de maus-tratos recebida pela Polícia Militar e contou com a participação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), durante a diligência.
O flagrante do empregador foi lavrado na Delegacia da Polícia Federal em São José dos Campos, com encaminhamento do preso à carceragem da Polícia Federal na capital. Ele responderá pelo crime de redução de trabalhador à condição análoga à escravidão, tipificado pelo Artigo 149 do Código Penal. O caso será remetido ao Ministério Público Federal.
Os auditores fiscais da SIT lavraram auto de resgate por condições análogas à escravidão, determinando aos empregadores o pagamento das verbas rescisórias da trabalhadora, incluindo os reflexos do 13º e férias, além de FGTS e multa. A vítima foi encaminhada ao Creas de São José dos Campos, que providenciará amparo social, abrigo, além da inclusão em programas de transferência de renda. Terá direito, ainda, às parcelas do seguro-desemprego.
(Informações da PF)
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