A Polícia Federal iniciou, nesta quinta-feira (19/8), a Operação Panteão com o objetivo de desarticular facção criminosa, com células em várias cidades no Maranhão e em outros Estados da Federação, que vem coordenado atividades criminosas de dentro de presídios.
Cerca de 40 policiais federais cumprem 18 mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão nas cidades de São Luís (MA), Caxias (MA), Timon (MA), Balsas (MA), Dourados (MS), Uberaba (MG) e São Vicente (SP). As ordens judiciais foram deferidas pelo Juízo Estadual da 1ª Vara Criminal da Comarca de São Luís.
Durante as investigações, foi possível identificar pessoas ligadas à facção, atuando principalmente nas cidades de Colinas (MA), Imperatriz (MA), Buriticupu (MA), Caxias (MA), Timon (MA), São Luís (MA), bem como nos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A investigação permitiu, ainda, identificar as prováveis funções exercidas pela maioria dos investigados dentro da estrutura criminosa, seis deles atualmente exercendo a função de liderança dentro da facção em âmbito estadual.
Levantamentos realizados pela Polícia Federal identificaram planejamentos de execuções de pessoas ligadas a facções rivais, bem como evitaram uma provável execução de um diretor adjunto de um presídio no interior do Maranhão, orquestrada pelo grupo criminoso. Na época dos fatos, o diretor adjunto teria frustrado uma fuga de dois importantes integrantes da facção, motivo pelo qual integrantes da facção criminosa passaram a arquitetar um plano para matar o agente público.
Com apoio de outras forças de segurança pública, foi possível realizar a prisão, em flagrante, de outras duas pessoas ligadas a atividades de tráfico de drogas.
Os investigados poderão responder, criminalmente, por integrarem organização criminosa, crime previsto no Art. 2º, da Lei 12.850/13, com pena que pode chegar até 8 anos de reclusão.
Os líderes da referida facção acreditam ser intocáveis e idolatrados dentro da organização, tendo subordinados que obedecem a ordens de forma incondicional. Por esse motivo, a operação foi batizada de Panteão, que significa, literalmente, o conjunto de deuses de determinada religião.
(Informações da PF)
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