A Polícia Federal iniciou, nesta terça-feira (24/8), duas operações na |Região Tocantina (MA).
Operação Ybyrá
A Operação Ybyrá, iniciada no município de Buriticupu (MA), visa combater a extração ilegal da madeira na Terra Indígena Arariboia, oriunda da atuação clandestina de madeireiros, os quais fazem funcionar serrarias e movelarias sem licença dos órgãos ambientais competentes. Essa atividade ilícita estimula a invasão no território indígena e intensifica o desmatamento e a prática de outros crimes ambientais correlatos, expondo a risco a sobrevivência das comunidades indígenas, principalmente dos grupos isolados, os Awá-Guajás.
Estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão em Buriticupu (MA), decorrentes da análise de alertas de corte seletivo detectados pelo Planet, por meio do Programa Brasil M.A.I.S. e por levantamentos de campo realizados com o escopo de reprimir a atividade ilícita de madeireiros e a consequente derrubada de árvores nativas para a extração da madeira sem autorização, o transporte, depósito, beneficiamento e comércio ilegal do produto florestal, que ocorrem na margem da Terra Indígena Arariboia.
Os investigados poderão responder por crimes como receptação qualificada (Art. 180., § 1º, do CPB), transporte e depósito de produto de origem vegetal sem licença válida, funcionamento de estabelecimentos potencialmente poluidores sem autorização (Art. 46., parágrafo único e Art. 60., da Lei 9.605/98), dentre outros. Se condenados, as penas dos investigados podem chegar a nove anos e seis meses de prisão.
Estão participando da Operação Ybyrá aproximadamente 20 policiais federais, com o apoio dos seguintes órgãos parceiros: Ibama, Força Nacional, Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Funai, e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).
A operação foi denominada Ybyrá, termo tupi-guarani que significa “madeira”.
Operação Prionistirio
Ainda na Região Tocantina, foi iniciada também nesta manhã, na cidade de Amarante, a Operação Prionistirio, a qual tem por escopo combater a extração ilegal de madeira na região da Terra Indígena Arariboia.
A investigação teve início em janeiro do corrente ano e, após a realização de inúmeras diligências, foi possível identificar e qualificar vários pontos de extração de madeira, serrarias, movelarias e residências com atuação criminosa naquela Reserva.
Neste contexto, a Polícia Federal representou judicialmente por nove mandados de busca e apreensão, sendo tais pedidos deferidos pela 2ª Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Imperatriz, no Estado do Maranhão. Além das buscas, a operação teve como objetivo a descapitalização dos envolvidos com o sequestro de bens e valores, bem como destruição “in loco” de maquinários e produtos do crime. Se condenados, as penas dos investigados podem chegar a nove anos e seis meses de prisão.
O cumprimento de tais ordens judiciais contou com participação de 30 policiais federais, além de servidores da Força Nacional, Ibama, Funai, Batalhão de Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão.
O termo “Prionistirio” vem do grego e significa “serraria”. Foi escolhido em referência às serrarias utilizadas pelo grupo criminoso para processar a madeira extraída de dentro da terra indígena.
(Informações da PF)
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