Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal e Receita Federal iniciam operação de combate ao contrabando, falsificação de cigarros e trabalho escravo no Rio Grande do Sul

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Polícia Federal e Receita Federal iniciam operação de combate ao contrabando, falsificação de cigarros e trabalho escravo no Rio Grande do Sul


 A Polícia Federal e a Receita Federal iniciaram, nesta terça-feira (19/10), a Operação Tavares para desarticular organização criminosa dedicada ao contrabando e à produção clandestina de cigarros. A investigação apura, ainda, os crimes de redução à condição análoga a de escravo, contra o meio ambiente e corrupção de menores.

Na ação, são cumpridos 40 mandados de prisão e 56 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo e executadas ordens judiciais para sequestro e arresto de 56 veículos, 13 imóveis e valores em contas vinculadas a 23 pessoas físicas e jurídicas, até o valor de R$ 600 milhões. Participam da Operação Tavares 250 policiais federais e 60 servidores da Receita Federal. A realização na data de hoje conta com o apoio da Brigada Militar e é acompanhada pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e por servidores do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

A investigação iniciou-se em 2020 para apurar a prática de contrabando de cigarros na Região Metropolitana de Porto Alegre. Diligências realizadas identificaram a existência de uma organização criminosa estruturada para a produção clandestina de cigarros de marcas paraguaias em cidades do Rio Grande do Sul. Há indícios de que a fabricação seria operada por trabalhadores supostamente cooptados no Paraguai e que seriam mantidos em condições análogas a de escravidão.

Parte dos cigarros produzidos abasteceria o mercado clandestino do Uruguai e pontos de venda no Rio Grande do Sul vinculados à facção criminosa do Estado. A estimativa é que a fábrica clandestina produziria cerca de 10 milhões de maços de cigarros por mês, com faturamento mensal de R$ 50 milhões. Conforme projeção da Receita Federal, os impostos, se recolhidos, atingiriam R$ 25 milhões, somente em tributos federais (IPI, PIS e Cofins).

A operação foi denominada Tavares em alusão ao local onde foi identificado o primeiro depósito do grupo, no município da Cachoeirinha.

 (Informações da PF)


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