Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Operação Narcos Gold combate lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas no Pará

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Operação Narcos Gold combate lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas no Pará


 A Polícia Federal iniciou, nesta quinta-feira (4/11), a Operação Narcos Gold, que tem como foco principal combater o crime de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, descapitalizando e desarticulando um grupo criminoso que atua na região oeste do Pará, há, pelo menos, 3 anos.

Foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão nos Estados do Pará, Goiás, Tocantins e São Paulo, expedidos pela 1 ª Vara Criminal da Justiça Estadual da Comarca de Santarém (PA). Além disso, foi determinado o sequestro de 12 aeronaves, bloqueio de valores em contas bancárias e indisponibilidade de diversos outros bens móveis e imóveis.

A operação envolveu mais de 130 policiais federais e teve o apoio logístico do Exército Brasileiro.

Conforme apurado, as pessoas físicas e jurídicas investigadas, estabelecidas em vários Estados da Federação, movimentaram mais de R$ 1 bilhão no período de 2017 ao início de 2021.

A investigação revelou que o transporte da substância era realizado por meio de aviões que partiam de outros Estados até o oeste do Pará e, nesse local, era feita a distribuição do produto ilícito para outras Unidades da Federação. Além disso, foi verificado que o grupo utilizava garimpos de ouro como base para pousos e decolagens no transporte de drogas e também como fachada para lavagem de dinheiro.

Uma das hipóteses criminais investigadas é a de que os investigados utilizavam notas fiscais de transações fictícias com ouro para justificar o patrimônio milionário.

Os crimes investigados no inquérito policial correspondente são de tráfico de drogas e associação para o tráfico (Art. 33., da Lei nº 11.343), corrupção passiva e ativa (Art. 317. e Art. 333., do Código Penal) e lavagem de dinheiro (Art. 1º, da Lei nº 9.613), cujas penas, somadas, podem chegar a 30 anos de prisão.

O nome da operação remete à matéria investigada (tráfico de drogas em associação) e ao uso da mineração de ouro como fachada para justificar os volumosos recursos em tese aferidos com a traficância. 

(Informações da PF) 


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