Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal investiga grupo criminoso responsável por irregularidades em contratos com o Poder Público no Tocantins

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Polícia Federal investiga grupo criminoso responsável por irregularidades em contratos com o Poder Público no Tocantins


 A Polícia Federal iniciou, nesta quarta-feira (17/11), a Operação Troféu, visando dar continuidade a investigações relacionadas às operações Replicantes, Hastati e Brutus, que apuraram irregularidades em contratos firmados pelas secretarias de Saúde e de Infraestrutura do Estado do Tocantins em gestões passadas. Nesta fase, a PF investiga atos de corrupção, narrados em Acordo de Colaboração Premiada.

Aproximadamente, 10 policiais cumprem dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal no Tocantins, na cidade de Palmas (TO).

A operação realizada hoje tem como foco a estrutura de recebimento das vantagens indevidas pelo núcleo de comando da organização criminosa (Orcrim) investigada. Os elementos reunidos até o presente momento apontam para o pagamento de propinas em espécie, que eram transportadas em envelopes até serem entregues diretamente aos chefes da Orcrim.

Em ações anteriores, durante a realização de buscas nas residências e nos escritórios ligados aos investigados, os policias identificaram um grande número de envelopes que se suspeitava terem sido utilizados para o transporte dos valores, formalizando, por amostragem, a apreensão de alguns deles.

Análises realizadas pela equipe de policiais federais conseguiram revelar evidências de que efetivamente se tratavam de envelopes utilizados para o pagamento das propinas, o que foi corroborado e detalhado pelas colaborações premiadas firmadas e por outras diligências realizadas.

A Orcim é suspeita de ter mantido um sofisticado esquema para a prática reiterada de atos de corrupção, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos e lavagem de ativos, sempre com o objetivo de acumular riquezas em detrimento dos cofres públicos, além de praticar atos de intimidação e embaraço a investigações.

Destaca-se que em razão da pandemia causada pela covid-19, foi adotada logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPIs a todos os envolvidos, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados.

* O nome da operação é uma referência a uma possível motivação que levou os investigados a manterem guardados, alguns por mais de uma década, os envelopes nos quais supostamente eram transportadas e entregues as vantagens indevidas.  

(Informações da PF)


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