Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal investiga fraudes em requerimentos de Seguro-Defeso na região central do Tocantins

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Polícia Federal investiga fraudes em requerimentos de Seguro-Defeso na região central do Tocantins


 A Polícia Federal iniciou, nesta quinta-feira (16/12), a Operação Erva Daninha, tendo como objetivo o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão, visando colher provas e identificar pessoas que participaram de fraudes em face do seguro-defeso em Palmas (TO). Cerca de 26 policiais federais cumpriram os mandados, expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas (TO).

O seguro-defeso é um benefício de acesso ao seguro-desemprego destinado ao pescador artesanal, previsto na legislação brasileira e concedido pelo governo federal, que garante uma renda no valor de um salário mínimo mensal, durante o período em que a atividade pesqueira é proibida para a manutenção da preservação das espécies, como ocorre durante a piracema.

Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu que cidadãos cooptados pelos suspeitos, cederam seus dados pessoais e bancários e repassam para criminosos que obtiveram de forma indevida acesso a senhas com nível gerencial do sistema do seguro-defeso e regularizam todas as inconsistências apontadas pelo sistema no requerimento forjado, mediante a rubrica “ACERTO COMPLETO”.

Até o momento, já foram contabilizados quase R$ 70 mil em prejuízos aos cofres públicos, por meio de recebimento indevido de parcelas do benefício, porém as investigações apontam que os valores desviados podem chegar a milhões tendo em vista que os crimes foram cometidos em diversos Estados da Federação.

Com as medidas cautelares e a análise do material apreendido, pretende-se identificar todas as pessoas que tiveram envolvimento nas fraudes e como foram obtidas as senhas com acessos gerenciais do sistema do seguro-defeso.

Os envolvidos poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de Estelionato Majorado, Falsidade Ideológica e Associação Criminosa, cujas penas, somadas, podem chegar a quase vinte anos de reclusão.

O nome da Operação se refere a pragas que se alastram com facilidade e são de difícil controle, fazendo referência a quantidade de pessoas envolvidas nesse tipo de ação criminosa e o esforço constante da Polícia Federal e do Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária e Trabalhista no Tocantins (Nuint/INSS para combater a prática ilícita. 

(Informações da PF)


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