A Polícia Federal iniciou, nesta terça-feira (31/5), a segunda fase da Operação Carcinoma com o fim de descapitalizar organização criminosa responsável pelo contrabando de cigarros do Paraguai para os três Estados da Região Sul.
Estão sendo cumpridos 19 mandados de sequestro de automóveis e caminhões nas cidades catarinenses de Chapecó e de Cordilheira Alta.
A investigação aponta que os líderes da organização mantinham uma revendedora de caminhões de fachada e cooptavam motoristas para realizarem o transporte dos cigarros contrabandeados com a promessa de repassar o caminhão após um determinado número de viagens, como uma espécie de premiação. Contudo, esse “modus operandi” tinha o objetivo de desvincular, da responsabilidade dos líderes, a carga eventualmente apreendida e a prisão, em flagrante, do motorista.
Ao longo das investigações, foram apreendidos doze milhões de maços de cigarros estrangeiros, quarenta e um caminhões e presas, em flagrante, quarenta e quatro pessoas. O valor estimado dos cigarros apreendidos é de, aproximadamente, sessenta milhões de reais, com, aproximadamente, trinta milhões de reais em tributos sonegados.
Na primeira fase da operação, realizada em 18 de novembro de 2021, foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão nas cidades gaúchas de Tenente Portela e Três Passos, em Santa Catarina, nos municípios de Chapecó, São Miguel do Oeste e Cordilheira Alta, e no Paraná, em Guaíra, Cascavel, Umuarama e Floresta.
A operação foi denominada Carcinoma, um tipo de câncer, não só pela associação aos prejuízos causados pelo cigarro à saúde humana, mas também pelo fato de que a organização cooptava pessoas sem antecedentes criminais, prometendo-lhes vantagens condicionadas ao êxito da atividade ilícita, provocando uma espécie metástase criminal (infectando células limpas).
(Informações da PF)
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