A Polícia Federal iniciou, nesta quarta-feira (22/6), a Operação Ophiocordyceps com o objetivo de apurar possíveis crimes de fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro praticados por empresários no Estado do Tocantins.
Vinte e cinco policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Brasília (DF), Belém (PA), Goiânia (GO) e São Paulo (SP), todos expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Tocantins.
A partir de Nota Técnica emitida pela CGU, a Polícia Federal iniciou as investigações para apurar suspeitas de que uma organização social contratada para o gerenciamento de leitos clínicos e de UTI no Hospital Estadual de Combate à Covid- 19 (HECC), Hospital Geral de Palmas (HGP) e Hospital Regional de Gurupi (HRG teria superfaturado o valor dos insumos e dos serviços prestados.
A organização social recebeu, aproximadamente, R$ 90 milhões durante a gestão dos aludidos hospitais no período de combate à covid-19, anos de 2020 e 2021, sendo a suspeita de que parte desse valor teria como destino os próprios envolvidos. O suposto esquema envolveria superfaturamento, sobrepreço, pagamento por serviço não prestado ou pagamento em duplicidade e subcontratação de empresas de fachada localizadas em outros Estados da Federação. A ação criminosa teria a participação de agentes públicos e empresário vinculados à citada organização social.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa, com penas que, somadas, podem chegar a 23 anos de reclusão, além da perda de bens e valores suficientes para a reparação do dano decorrente das infrações penais.
O nome “Ophiocordyceps” (fungo parasitário que controla o sistema nervoso de insetos) remete à forma como o sistema de combate à covid-19 no Estado do Tocantins teria sido dominado pela suposta organização criminosa.
(Informações da PF)
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