Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal: operação combate lavagem de dinheiro de facção criminosa no Ceará

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Polícia Federal: operação combate lavagem de dinheiro de facção criminosa no Ceará


 Esquema de lavagem de dinheiro decorrente do tráfico de drogas, com movimentação ilícita milionária, no Estado do Ceará, é o alvo da Operação Espelho Branco 2, da Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (12).  

Na ação, 60 policiais federais cumprem  nove mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária, além de mandados de sequestro de bens e valores, expedidos pela Justiça Federal, em domicílios investigados em Fortaleza (CE) e nos municípios cearenses de Eusébio, Aquiraz, Itarema e Santa Quitéria (CE), além de São Paulo (SP) e Maceió (AL).

As buscas têm como objetivo apreender documentos e mídias para instrução de inquérito policial para individualização da atuação dos suspeitos, participação de terceiros e pessoas interpostas (laranjas), bem como levantamento integral e apreensão de valores e patrimônio ilícito movimentado, decorrente de lucros de crimes anteriores.

Segundo a PF, foi determinado, judicialmente, o bloqueio de valores nas contas dos suspeitos, sequestro de imóveis de luxo em valores superiores a R$ 5 milhões e veículos em valores superiores a R$ 2 milhões.

Histórico

Na primeira fase da operação, realizada em novembro de 2021, foi presa a liderança da facção criminosa e cumpridos  mandados de busca em três residências em condomínios de luxo em Eusébio e Fortaleza. Uma delas adquirida pelo suspeito por R$ 3,6 milhões. “As investigações desenvolvidas na segunda fase da operação apontaram indícios de atuação da organização criminosa no Ceará para dissimulação da propriedade de bens e para movimentação de recursos ilícitos, bem como integração no mercado formal de recursos oriundos do tráfico de drogas e outros crimes antecedentes”, infirmou a PF.

A investigação identificou "teia criminosa com atuação dos investigados para ocultar origem ilícita de recursos por meio de transações comerciais com valores expressivos, entrelaçamento e confusão nos negócios”. 

Os investigados também fizeram uso de documentos falsos, reuniões de criminosos em hotéis e condomínios de luxo e investimentos em empresas com atos dos suspeitos que ostentavam riqueza de forma incompatível com qualquer atividade lícita.

Crimes

Os criminosos poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas, com penas de até 40 anos de reclusão.

O nome da operação remete às identificações falsas utilizadas pelos investigados. As investigações continuam, com análise do fluxo financeiro dos suspeitos e do material apreendido.

(Informações da Agência Brasil)


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