Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Conflito agrário: Trabalhadores Rurais ameaçados de serem expulsos na capital

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Conflito agrário: Trabalhadores Rurais ameaçados de serem expulsos na capital

Mais um conflito agrário no estado do Maranhão envolvendo trabalhadores rurais e empresários. Conforme encaminhou Diogo Cabral, integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB, seccional do Maranhão, os trabalhadores rurais do povoado Matinha, daqui de São Luís, formado por 200 famílias, foram à Comissão Pastoral da Terra relatar as fatos a seguir:

"Que Arnaldo Bastos Marques e sua esposa Marina Martins Marques, residentes na cidade de São Luís, há um pouco mais de 1 ano se apresentaram na comunidade como sendo proprietários de 130ha, ocupada há mais de 4 décadas por famílias camponesas que produzem farinha, milho, feijão, hortaliças, e outras culturas.

Que desde a chegada Arnaldo Bastos Marques e sua esposa Marina Martins Marques as famílias vivem aterrorizadas pela presença permanente de seguranças que ostentam suas armas dia e noite sem nenhum constrangimento;

Que ontem, dia 26 de julho, os senhores Francisco Pedro Conceição Almeida, 28 anos, Francisco das Chagas Silva, 71 anos, e José Rocha Almeida 64 anos, foram agredidos verbal e fisicamente pelo segurança da empresa Nelson, que os chamou de “sem-vergonha, bandidos, ladrões” e outras palavras, além de ameaçar levar mais homens aramados para tirá-los à força da área.

Que os trabalhadores estão proibidos de plantar suas roças, o que se constitui grave ameaça à segurança alimentar das famílias, bem como ao abastecimento das feiras e mercados públicos de São Luís.

Que Arnaldo Bastos Marques e sua esposa Marina Martins Marques que se intitulam proprietários, andam afirmando que tem relações suficientes nos poderes executivo, legislativo e judiciário estadual e federal e, por isso não vai perder a terra para aqueles que eles consideram invasores.

Que a ENECONCIL (outra empresa que se apresenta como proprietária da área) já procurou várias vezes a direção da Associação de Moradores com proposta de suborno para que a mesma desista da ação judicial 129/2011 que proibiu a empresa de praticar qualquer ato que perturbe a paz e a segurança."

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