Aviões apodrecem no aeroporto de Manaus há quase uma década

 O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, está na lista dos aeroportos brasileiros que precisam de reformas urgentes, seja para atender a movimentação da Copa 2014, seja para suprir a demanda do Polo Industrial. Além do pouco espaço e de deficiências na estrutura do terminal, há outro problema que interfere no funcionamento eficaz do aeroporto. Dez aeronaves inoperantes estão estacionadas no pátio há quase uma década, em uma área que poderia ser otimizada para utilização por aviões em atividade.

A primeira visão de quem chega ao local é a área ocupada por cinco aviões ociosos. Segundo o superintendente em exercício do Aeroporto, Manoel Aguinelo, este é apenas o primeiro dos problemas causados pelas aeronaves. “Assim que o turista chega, ele avista logo os aviões enferrujados. Isso diminui a beleza do aeroporto, então queremos retirar os aviões do pátio o mais rápido possível”, disse. 

Mas além do aspecto estético, os veículos interferem também nas atividades diárias das aeronaves ativas. Cinco das dez máquinas inoperantes ocupam vagas de estacionamento destinadas a empresas ativas. A explicação para as aeronaves estarem no Aeroporto Eduardo Gomes é que todas elas tiveram os Registros Aeronáuticos Brasilleiros (RAB) suspensos e agora apresentam problemas mecânicos.

“Quase todos os aviões são de empresas falidas, que não têm como pagar o conserto das máquinas ou a estadia no aeroporto, então simplesmente abandonaram as aeronaves”, explicou. Dois aviões pertencem à empresa falida Vasp, três são da Beta, uma da Promodal, uma da TBC e um da Skymaster. Outras duas aeronaves estão em nome da Rico, empresa impedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de realizar voos.