Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Prefeito de Coroatá xinga o povo e é acusado de corrupção

domingo, 28 de agosto de 2011

Prefeito de Coroatá xinga o povo e é acusado de corrupção



Inimaginável. Mas aconteceu em Coroatá. Visivelmente perturbado, o prefeito Luís Mendes (PT) rasgou o verbo, quebrou os laços bíblicos com o povo cristão em seu Município. Em fatídico programa oficial transmitido pela TV Nazaré, canal 7, manhã da última quarta-feira, 24, proferiu a frase: – … Eles são o verdadeiro demônio… São demoníacos… Eles, desse grupo político, que não querem o concurso…

O prefeito, na condição de gestor público municipal, esqueceu a postura de retidão que toda autoridade deve ter, fugiu-lhe a ética cristã e atacou, não só pessoas ligadas ao grupo opositor, mas também a todos que não desejam o concurso público proposto pela Administração, pois muitos funcionários municipais estão sofrendo com o medo de perder o emprego por causa de inúmeras denúncias de irregularidades apontadas no Edital do certame. 


Perdendo o seu trejeito engomadinho e acariciador, o já conhecido homem de duas caras esqueceu-se de tudo e feriu, de morte, até gente aliada. Vereadores oposicionistas contestaram e o governista Gilmar Arruda (PRB), na tribuna da Câmara, na sessão desta sexta-feira, 26, não suportou mais e, também como evangélico, questionou a autoridade do prefeito: – Quem é esse cristão…

Ouça o áudio:



Finalmente, um aliado teve a coragem de abrir o jogo e dizer, direto da tribuna da Câmara, que o Governo é corrupto. Gilmar sentenciou: – … Quem tem espírito diabólico é quem tem coragem de desviar recurso público… Agora, o parlamentar deve esclarecer à população a sua denúncia; não tem mais o direito de ficar calado, sob pena de perder toda a sua credibilidade. E o Governo, o próprio prefeito, deve explicações. Deve enfrentar o povo e assumir o erro, dizer quando e em que momento o seu governo foi ou está sendo corrupto, caso a denúncia seja procedente.

O Vereador Gilmar Arruda reclamou por sua autoridade junto ao Governo Municipal. Avisou que não tem nem força para soltar literalmente um jumento. [Leia matéria correlata no Blog do Idalgo Lacerda]. Assim, lavou e enxaguou toda a sua roupa suja que atualmente mantém junto ao prefeito.

Prefeito pisa na bola

Ao proferir mensagem à população a respeito da realização do Concurso Público de Coroatá, cujas provas se iniciam neste domingo, o prefeito petista pisou na bola feio; no momento em que tentava propagar falsa tranquilidade. Em espantoso despreparo político deixou registrado a intenção de seu governo, agora mais que suspeito do que nunca.

Dissimuladamente, garantiu que não pretende demitir ninguém, pelo menos nos dois próximos anos, pois disse que não tem pressa, que todo concurso tem validade de 24 meses. Salientou que “entende” a situação de muitos servidores que contraíram débitos, etc.

Ouça o áudio:



Ele se traiu [Ele e seu grupo, como o seu secretário de Educação], inadvertidamente, tendo em vista que em aparições anteriores e em tudo produzido pela sua mídia, fruto de sua assessoria, sempre se manifestara colocando a urgência da aplicação do concurso, visando a regularização imediata do funcionalismo, querendo fazer no seu governo a diferença, deixando a marca da liberdade absoluta.

Eis a prova de que não se pode confiar na palavra desse político, que acuado diante do fortalecimento da opinião pública crítica, questionadoras, ora diz uma coisa, ora ignora outra, perdendo as estribeiras, talvez, por estar vendo ações jurídicas tomando vulto.

Acredita-se que o prefeito se fingia de morto e viu-se obrigado a revelar seus planos. Na verdade, sabe-se agora que trousse o concurso para, paradoxalmente, amordaçar ainda mais o pobre servidor. Com o concurso potencializa o seu poder, amarrando os futuros servidores-eleitores, que, devido à escassez de emprego, buscam a todo custo entrar na estabilidade o mais rápido possível e, por outro lado, garante atmosfera positiva com os instáveis em função da promessa enganosa de mantê-los por mais dois anos.
– Eis aí a enganação, pois não há garantia de que os empregos serão mantidos, nem que o sucessor do prefeito seja correligionário seu para ele manter a palavra de assegurar o emprego dos instáveis por dois anos.

Mas, aos desavisados, neste momento, agradam-se gregos e troianos, tenta-se agregar, somam-se mais votos, por incrível que pareça.

Esta é tática do prefeito!

*do blog do Carlos Filho

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