Uma liminar judicial do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Ceará impede que trabalhadores da construção civil, em greve desde o dia 7, entrem ou realizem assembleias a menos de 200 metros dos canteiros de obras da região metropolitana de Fortaleza.
A decisão foi expedida, após denúncia de agressões contra operários e furtos de materiais de construção feita pelo Sinduscon-CE (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Ceará). O descumprimento da norma prevê multa de R$ 20 mil por dia.
A paralisação atinge aproximadamente 59 mil trabalhadores do setor e afeta cerca de 450 obras em Fortaleza e cidades vizinhas, que estão paradas.
De acordo com o advogado do Sticcrmf (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza), Carlos Chagas, as denúncias de agressões são "casos isolados" de funcionários descontentes com as negociações por reajuste salarial.
"O sindicato é totalmente contra esse tipo de ação, mas não temos como controlar um número tão grande de operários", disse Chagas.
O sindicato das indústrias estima prejuízo de R$ 1 milhão, entre furtos e depredações. Ainda segundo o Sinduscon, cerca de cem boletins de ocorrência por atos violentos dos grevistas foram registrados desde o início da greve.
E se a moda pega?
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